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Chefe de Polícia do RJ é sócio de dupla ligada a grupo que o indicou

O delegado Marcus Amim tem uma loja de conveniência com duas empresárias ligadas ao grupo político que o indicou para a Polícia Civil

atualizado

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marcus amim
1 de 1 marcus amim - Foto: Arte Metrópoles

O secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Marcus Amim, é sócio de duas mulheres ligadas ao grupo político que o indicou para chefiar a corporação e, antes disso, para presidir o Detran do estado.

Amim é sócio da “J R Conveniências” com sua mulher e com duas empresárias do ramo de postos de gasolina: Luisi Correa Pinto e Luana Oliveira. A loja funciona em Icaraí, Niterói, cidade onde o chefe da Polícia Civil mora.

Luisi e Luana são sócias de mais de 20 postos de gasolina na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Nove sociedades em postos são com o ex-vereador Hugo Correa, conhecido como Hugo Canelão, por ser afilhado político do deputado estadual Marcio Canella, principal nome por trás da nomeação de Amim para comandar a Polícia Civil e presidir o Detran.

Uma das sócias, Luana, é amiga de Canella. Em conversa com a coluna, Canella descreveu Luana como “amiga próxima”, mas disse não ter conhecimento da sociedade da empresária com o secretário de Polícia Civil.

Além das sócias, Amim e Hugo Canelão têm mais em comum. Quando Amim era presidente do Detran, o órgão passou a usar, sem licitação, os serviços de reboque de uma empresa do irmão de Canelão, a Opção Ativa.

A empresa passou a prestar serviços ao Detran após uma concorrente ter sido suspensa pelo governo do estado, em meio à investigação da CPI dos Reboques, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Na época, o Detran afirmou que recorria à Opção Ativa por meio de um convênio do órgão com a Prefeitura de Duque de Caxias, onde a empresa era contratada.

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Amim foi condecorado com a maior honraria do Rio de Janeiro pelo deputado Márcio Canella
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Márcio Canella e Hugo Canelão

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Amim foi condecorado com a maior honraria do Rio de Janeiro pelo deputado Márcio Canella

A CPI dos Reboques era controlada por aliados de Canella. Sobre o uso da Opção Ativa pelo Detran, Márcio Canella negou ter qualquer relação com a empresa do irmão de seu aliado.

Questionado pela coluna sobre a sociedade com a dupla ligada ao grupo político que o indicou tanto para a Secretaria de Polícia Civil quanto para o Detran, o delegado Marcus Amim não quis responder. A coluna perguntou como surgiu a sociedade com as duas empresárias e de onde o delegado conhece Luana e Luisi, mas também não houve resposta.

Procurado, Hugo Canelão não retornou à coluna.

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metropoles.comGuilherme Amado

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