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Chefe de Integridade da Defensoria da União espalhou fake news sobre Lula

Defensoria Pública da União abriu apuração interna; chefe de Integridade, Paulo Marra também fez ataques homofóbicos em rede social

atualizado

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Paulo Marra DPU
1 de 1 Paulo Marra DPU - Foto: Reprodução

O assessor-chefe de Integridade e Governança da Defensoria Pública da União (DPU), Paulo Marra, compartilhou na quinta-feira (13/10) no WhatsApp uma fake news contra Lula que havia sido desmentida. No ano passado, Marra havia publicado ataques homofóbicos no Facebook, insinuando que a homossexualidade seria uma “doença”. A DPU abriu uma apuração interna sobre o caso.

No status do WhatsApp, Marra compartilhou uma montagem que vinha sendo disseminada por bolsonaristas, inclusive pelo senador Flávio Bolsonaro. A mentira tratava de um boné com a sigla “CPX” que Lula usou em visita ao Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, na quarta-feira (12/10). A sigla se refere a Complexo e é citada até pelo governo fluminense. Os bolsonaristas afirmaram, sem provas, que o boné mostrava uma ligação de Lula com o crime na favela.

Fake news compartilhada por chefe de Integridade da DPU

“Gíria usada pelo crime. CPX = Cupinxa Parceiro de Crime. CPX = Complexo no Rio. Abreviação utilizada pela facção”, dizia a imagem compartilhada por Paulo Marra, à frente de uma foto de Lula com o boné. Ao lado dessa montagem, havia uma foto de Jair Bolsonaro com o boné da Polícia Rodoviária Federal (PRF). “PRF. Polícia Rodoviária Federal. Instituição que apreende drogas e armas dos Cupinxas”.

No mesmo dia, a DPU havia acionado o Ministério Público Eleitoral contra uma propaganda eleitoral de Bolsonaro que afirmava que Lula havia sido o mais votado nas prisões. Segundo a Defensoria, a peça tem informações falsas e é discriminatória.

O chefe de Integridade da DPU, servidor cedido pelo Ministério da Economia, também já fez ataques homofóbicos no Facebook. Em outubro do ano passado, Marra compartilhou a seguinte publicação: “Homem é homem, mulher é mulher, menino é menino. O que passa disso é desvio moral, doença e iniquidade”.

Ataque homofóbico compartilhado por chefe da Integridade da DPU, Paulo Marra

Procurado, Paulo Marra primeiro alegou que não sabia que havia compartilhado informações falsas sobre Lula. Depois de receber quatro links de notícias desmentindo o boato, disse: “Vou retirar. Obrigado por avisar”. Instado novamente a se posicionar sobre o caso, respondeu apenas: “Melhor mesmo não polemizar”.

Procurada, a DPU afirmou que abriu uma apuração interna e que não sabia dessas publicações. “A DPU é uma instituição inclusiva e que não compactua com qualquer tipo de discriminação. Ao longo de toda a sua história, a instituição sempre buscou defender os princípios democráticos e da dignidade da pessoa humana, entendendo que informações corretas e de qualidade são essenciais para o debate democrático”, afirmou o órgão.

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metropoles.comGuilherme Amado

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