Chefe da comunicação de Lula: “Ação da PRF é desespero bolsonarista”
Em um texto enviado a amigos há pouco, Edinho reafirmou a crença na vitória e explicou a base de seu raciocínio
atualizado
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O chefe da comunicação da campanha de Lula, Edinho Silva, afirmou que as blitze da Polícia Rodoviária Federal são “desespero” de Jair Bolsonaro. Em um texto enviado a amigos há pouco, Edinho reafirmou a crença na vitória e explicou a base de seu raciocínio.
“Racionalmente, acredito na vitória, explico. Vamos diminuir a diferença em SP, eles não vão abrir a anunciada diferença em MG, podem avançar no RJ, mas nada relevante que desequilibre o Sudeste. Lula irá diminuir a diferença no RS, vai obter avanços no norte, boas perspectivas no Pará e Amazonas, e deve ampliar no Nordeste todo.Não há espaço para Bolsonaro tirar uma diferença de seis milhões de votos. Penso que ampliamos a vantagem. Mesmo considerando o aumento da polarização nesse segundo turno”, escreveu o petista, que também é prefeito de Araraquara.
Segundo Edinho, Bolsonaro teria 6% de “votos moles”, votos voláteis que podem mudar de candidato ou pender para a anulação, e Lula teria 7%. O diálogo proposto no debate da TV Globo foi, de acordo com ele, construído para consolidar esses eleitores.
“O presidente Lula reforçou os temas importantes para esses 7% do nosso eleitorado volátil, para que eles não se movessem, dialogamos com eles de forma especial. (Foi) uma estratégia correta conduzida por Lula. Ninguém no Brasil, nenhuma liderança, tem a sensibilidade para sentir o povo como ele”, afirmou.
Edinho também lembrou que a semana passada foi de fatos negativos para Bolsonaro, em referência ao ataque de Roberto Jefferson aos policiais federais e à perseguição de Carla Zambelli a um homem negro neste sábado, em São Paulo.
“Inclusive o debate da Rede Globo, quando ele só falou para a bolha bolsonarista, para os mais radicais. Se tiver movimentação do voto volátil nessa reta final, não será no nosso campo, será no eleitorado de Bolsonaro. Se tiver, à conferir”, analisou.
Edinho também analisou o movimento de brancos, nulos e abstenções:
“O percentual de 5% de branco e nulo historicamente não se move para um único lado. Tradicionalmente, a parcela desse eleitorado quando opta por votar, quando se move, se divide entre as candidaturas. Mas geralmente a maior parte desse eleitorado repete o branco e nulo. As abstenções, diferença do primeiro para o segundo turno, não tem força, densidade, para interferir no resultado consolidado. O ‘feriadão’, Dia do Servidor Público, até Finados, pode aumentar a abstenção nos setores médios, o que também favorece Lula”.
O chefe da comunicação de Lula prevê uma vitória por poucos pontos:
“Devemos vencer, com uma ‘apuração apertada’, como foi polarizada toda a eleição. Esse é o desespero bolsonarista materializado nessa operação da PRF. A democracia vai vencer”, afirmou.