1 de 1 Bolsonaro posa ao lado de Tarcísio de Freitas e de Rodrigo Garcia, que seguram camisas da Seleção Brasileira
- Foto: Edoardo Ghirotto/Metrópoles
A campanha de Bolsonaro temeu um desastre político com a possibilidade de o presidente cancelar a participação em um jantar oferecido pelo governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, no Palácio dos Bandeirantes. A cerimônia ocorreu na noite desta quinta-feira (20/10).
Bolsonaro se empolgou ao participar de um podcast e falou por cerca de três horas no programa. Os convidados de Garcia começaram a chegar ao Palácio às 19h, horário exato em que teve início a entrevista com o presidente.
Integrantes da campanha ficaram com medo de que Bolsonaro alegasse cansaço e desmarcasse o jantar com Garcia, o que configuraria um constrangimento inaceitável nesta etapa do segundo turno. O presidente atrasou 1h30, mas compareceu ao local para confraternizar com os novos aliados.
Bolsonaro posou ao lado de Garcia e de Tarcísio de Freitas, seu candidato ao governo de São Paulo, com camisas da Seleção Brasileira. Aos jornalistas, o presidente disse que as camisas pertenciam ao jogador do Flamengo Rodinei, o responsável pelo gol que deu o título da Copa do Brasil à equipe rubro-negra, em final disputada com o Corinthians.
As camisas da Seleção, compradas por um assessor de Bolsonaro na loja Centauro, tinham o número de campanha do presidente nas costas.
Garcia deixou sua agenda bloqueada desde as 20h. Até a chegada de Bolsonaro, ele ficou trancado em seu gabinete com o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o vice-presidente do União Brasil, Antonio de Rueda.
Aproximadamente 85 políticos que apoiaram a campanha de Garcia foram convidados para o jantar. Entre eles estão prefeitos, vereadores e deputados estaduais e federais. Ninguém comeu até a chegada do governador e de Bolsonaro no recinto, por volta das 22h30.
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Jair Messias Bolsonaro, nascido em 1955, é um capitão reformado do Exército e político brasileiro. Natural de Glicério, em São Paulo, foi eleito 38º presidente do Brasil para o mandato de 2018 a 2022
Reprodução/Instagram
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Descendente de italianos e alemães, Bolsonaro recebeu o primeiro nome em homenagem ao jogador Jair Rosa Pinto, do Palmeiras, e o segundo, Messias, atribuído por Olinda Bonturi, mãe do presidente, a Deus, após uma gravidez complicada. Na infância, era chamado de Palmito pelos amigos
Hugo Barreto/Metrópoles
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Ingressou no Exército aos 17 anos, na Escola Preparatória de Cadetes. Em 1973, foi aprovado para integrar a Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), formando-se quatro anos depois
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Dentro do Exército, Bolsonaro também integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista, serviu como aspirante a oficial no 21º e no 9º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), cursou a Escola de Educação Física do Exército, serviu no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista e, em 1987, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais
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Em 1986, Jair foi preso por 15 dias, enquanto servia como capitão, por ter escrito um artigo para a revista Veja criticando o salário pago aos cadetes da Aman. Contudo, dois anos após o feito, foi absolvido das acusações pelo Superior Tribunal Militar (STM)
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Em 1987, novamente respondeu perante o STM por passar informação falsa à Veja. Na ocasião, o até então ministro do Exército recebeu da revista um material enviado pelo atual presidente sobre uma operação denominada Beco Sem Saída, que teria como objetivo explodir bombas em áreas do Exército como protesto ao salário que os militares recebiam
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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A primeira investigação realizada pelo Conselho de Justificação Militar (CJM) concluiu que Bolsonaro e outros capitães mentiram e determinou que eles deveriam ser punidos. O caso foi levado ao Superior Tribunal Militar, que, por outra vez, absolveu os envolvidos. De acordo com uma reportagem da Folha à época, foi constatado pela Polícia Federal que, de fato, a caligrafia da carta enviada à Veja pertencia a Jair
JP Rodrigues/Metrópoles
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Em 1988, Bolsonaro foi para a reserva do Exército, ainda com o cargo de capitão, e, no mesmo ano, iniciou a carreira política. Em 1988, foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro e, em 1991, eleito deputado federal. Permaneceu como parlamentar até 2018, quando foi eleito presidente da República
Daniel Ferreira/Metrópoles
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Durante a carreira, Bolsonaro se filiou a 10 legendas: Partido Democrata Cristão (PDC), Partido Progressista Reformador (PPR), Partido Progressista Brasileiro (PPB), Partido da Frente Liberal (PFL), Partido Progressistas (PP), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Democratas (DEM), Partido Social Cristão (PSC), Partido Social Liberal (PSL) e, atualmente, Partido Liberal (PL)
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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É casado com Michelle Bolsonaro, 40 anos, e pai de Laura Bolsonaro, 11, Renan Bolsonaro, 24, Eduardo Bolsonaro, 38, Carlos Bolsonaro, 39, e Flávio Bolsonaro, 41, sendo os três últimos também políticos
Instagram/Reprodução
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Em 2018, enquanto fazia campanha eleitoral, Jair foi vítima de uma facada na barriga. Até hoje o atual presidente precisa se submeter a cirurgias por causa do incidente
Igo Estrela/Metrópoles
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Eleito com 57.797.847 votos no segundo turno, Bolsonaro coleciona polêmicas em seu governo. Além do entra e sai de ministros, a gestão de Jair é acusada de ter corrupção, favorecimentos, rachadinhas, interferências na polícia, ataques à imprensa e a outros poderes, discurso de ódio, disseminação de notícias faltas, entre outros
Alan Santos/PR
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Programas sociais, como o Vale-gás, Alimenta Brasil, Auxílio Brasil e o auxílio emergencial durante a pandemia da Covid-19, foram lançados para tentar ajudar a elevar a popularidade do atual presidente
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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De olho na reeleição em 2022, Bolsonaro se filiou ao Partido Liberal (PL). O vice de sua chapa nas eleições deste ano é o general Walter Braga Netto