CGU investiga empresa contratada por Braga Netto na intervenção do RJ
Venda de coletes da CTU Security ao Gabinete de Intervenção no RJ, chefiado por general Braga Netto, foi alvo da PF nesta terça-feira (12/9)
atualizado
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A Controladoria-Geral da União (CGU) apura se a empresa americana CTU Security cometeu irregularidades na venda de coletes balísticos ao Gabinete de Intervenção Federal no Rio de Janeiro. Nesta terça-feira (12/9), o Gabinete de Intervenção foi alvo de uma operação da Polícia Federal por causa desse contrato, firmado em 2018 quando o general Walter Braga Netto era o interventor na segurança do Rio de Janeiro.
A existência da apuração na CGU foi confirmada pelo ministério. Trata-se de um processo administrativo de responsabilização, que busca investigar condutas de empresas por atos lesivos à administração pública. O caso corre em sigilo.
Na manhã desta terça-feira (12/9), a PF cumpriu 16 mandados de busca e apreensão em três estados e no Distrito Federal. Braga Netto teve o sigilo telefônico quebrado pela Justiça. O ex-interventor, que foi ministro da Defesa e candidato a vice de Jair Bolsonaro no ano passado, nega qualquer irregularidade.
A PF apura os supostos crimes de patrocínio de contratação indevida, dispensa ilegal de licitação, corrupção ativa e passiva e organização criminosa praticados por servidores públicos federais na compra de 9.360 coletes balísticos no fim de 2018. Segundo a investigação, houve sobrepreço de R$ 4,6 milhões. O contrato foi suspenso pelo Tribunal de Contas da União (TCU), e o valor foi devolvido aos cofres públicos em 2019.
A juíza que autorizou a operação afirmou que a suspensão do contrato não impede a existência dos supostos crimes de advocacia administrativa ilegal, dispensa ilegal de licitação e corrupção.