CGU contrata coronel que fez dossiê contra opositores do governo
O coronel Gilson Libório foi nomeado para um cargo comissionado no gabinete do ministro da CGU, Wagner Rosário
atualizado
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O coronel da reserva Gilson Liborio, demitido do Ministério da Justiça no caso do dossiê contra opositores, foi nomeado para um cargo comissionado no gabinete do ministro da CGU, Wagner Rosário. Liborio vai receber R$ 10,4 mil por mês na nova função.
Liborio foi demitido em agosto de 2020 do cargo de diretor de Inteligência do Ministério da Justiça após vir a público um dossiê escrito por ele sobre policiais e professores que se declaravam antifascistas.
A nomeação de Liborio foi publicada no Diário Oficial de 8 de novembro e é datada do dia 5 do mesmo mês. A CGU é responsável entre outros temas pela transparência da gestão pública e pela punição de agentes públicos.
O dossiê foi feito por Liborio durante a gestão do então ministro André Mendonça, hoje candidato a uma vaga ao STF após indicação de Jair Bolsonaro.
Rosário, o novo chefe de Liborio, é formado na Academia Militar das Agulhas Negras, o instituto educacional do Exército responsável pela formação de oficiais. Ele entrou na corporação em 1992, onde chegou ao posto de capitão, o mesmo de Bolsonaro.