CGU aponta irregularidades na execução de emendas parlamentares
20% das emendas parlamentares não foram executadas em 2020; entidade beneficiada não detalhou serviço e tem dívidas com o governo
atualizado
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A Controladoria-Geral da União (CGU) apontou irregularidades na execução de emendas parlamentares em 2020. Os auditores afirmaram que não é possível acompanhar se as emendas foram aplicadas corretamente.
A auditoria mapeou R$ 621 milhões em 1.629 emendas parlamentares individuais. As emendas do orçamento secreto, que têm ainda menos transparência, são de outro tipo e não foram analisadas nesse relatório.
Os técnicos apontaram que R$ 124 milhões, o equivalente a 20% do total examinado, não foram executados. Cerca de 5% do dinheiro indicado por deputados e senadores serviu para pagar salários de servidores públicos, o que é proibido. Outro ponto irregular foi o envio de R$ 700 mil para a Fundação Oásis, uma entidade mineira que não detalhou o suposto serviço e tem dívidas com o governo.
“Sobre os mecanismos de controle e transparência existentes para acompanhamento daexecução e prestação de contas, constatou-se a impossibilidade de tanto os órgãos de controle”, escreveram os auditores da CGU.