CGU aponta distorção de R$ 18,8 bilhões nas contas do FNDE
Principais políticas públicas de educação tiveram lançamentos indevidos; alterações impactaram no resultado financeiro do FNDE
atualizado
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A Controladoria-Geral da União (CGU) mapeou distorções de R$ 18,8 bilhões nas contas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) em 2021. As alterações impactaram no resultado financeiro e até nos fluxos de caixa do órgão, apontou a auditoria.
Os auditores se debruçaram sobre diversos documentos internos das contas do FNDE no ano passado, como balanços financeiros, orçamentários e patrimoniais. Houve lançamentos indevidos relacionados às principais políticas públicas para a educação: Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), além de repasses para alimentação e transporte escolar.
Em um dos casos, que tratava de contas do Fies, os técnicos da CGU encontraram números diferentes na Caixa e no Banco do Brasil, que administram esses contratos do FNDE. A maior inconsistência encontrada foi de R$ 10,4 bilhões nos saldos de financiamentos do Fies.
No começo do mês, uma auditoria da CGU identificou que o FNDE planejava gastar R$ 3 bilhões a mais do que o necessário com mobiliário escolar em todos os estados.