CGU abre investigação sobre apagão de dados do governo Bolsonaro
Coluna revelou que Ministério do Meio Ambiente do governo Bolsonaro apagou 30 anos de documentos públicos; além da CGU, TCU apura caso
atualizado
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A Controladoria-Geral da União (CGU) abriu nesta sexta-feira (26/7) uma apuração sobre o apagão de dados do Ministério do Meio Ambiente durante o governo Bolsonaro. No último dia 13, a coluna revelou que a pasta retirou do ar documentos públicos de quase 30 anos, incluindo um estudo de 2015 que previu fortes chuvas na região Sul e outras tragédias climáticas.
O Ministério do Meio Ambiente confirmou, por meio da Lei de Acesso à Informação, que diversos arquivos “ficaram extraviados” entre 2019 e 2022, durante todo o governo Bolsonaro, quando o site da pasta foi transferido de endereço. A pasta acrescentou que só conseguiu reaver o material “recentemente”. Servidores ouvidos pela coluna em reserva apontaram que há arquivos ainda não recuperados.
A apuração preliminar da CGU, a primeira etapa de uma investigação na pasta, foi feita a pedido da Secretaria Nacional de Acesso à Informação e é conduzida pela Secretaria Federal de Controle. A Corregedoria atuará se houver indício da participação de servidores na irregularidade.
“A CGU trabalha de forma integrada para que a transparência seja a regra e o sigilo a exceção”, declarou a pasta.
O caso também é analisado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Na última terça-feira (23/7), o Ministério Público de Contas pediu que o TCU investigue o apagão dos documentos públicos.
O subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado classificou a ação de “flagrante atentado ao interesse público”, e disse que os documentos foram suprimidos “inexplicavelmente”.