Cassação de Arthur do Val perde força na Assembleia de São Paulo
Deputados estaduais defendem uma suspensão do mandato para preservar os direitos políticos de Arthur do Val
atualizado
Compartilhar notícia
A cassação do mandato do deputado estadual Arthur do Val perdeu força nos corredores da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O ex-integrante do MBL não escapará de uma punição, mas as consequências para ele devem ser mais brandas.
Deputados da base governista e da oposição afirmam que Arthur poderá ter o mandato suspenso por um período de seis a oito meses. Apesar de encerrar a atuação legislativa do deputado, a pena preservaria os seus direitos políticos. Já a cassação do mandato tornaria Arthur inelegível por oito anos.
O Conselho de Ética da Alesp autorizou nesta sexta-feira (18/3) a abertura do processo de cassação contra Arthur. O deputado responde a 21 processos de perda de mandato por ter enviado áudios de teor sexista a um grupo de amigos. As mensagens vazadas faziam referências machistas às refugiadas da guerra na Ucrânia.
Arthur enviou uma carta ao gabinete de todos os deputados pedindo para não ser cassado. Ele disse que não será candidato à reeleição e pediu a desfiliação ao Podemos. O deputado também deixou de fazer parte do MBL com a justificativa de que não gostaria de atrapalhar os planos eleitorais dos colegas.
Procurado, o advogado do deputado, Paulo Bueno, disse que “a cassação de Arthur do Val é inviável juridicamente e os precedentes da própria Alesp demonstram isso”.