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Caso Marielle: empresa de novo suspeito não funciona no endereço oficial

Polícia Federal desconfia que o ex-bombeiro suspeito de participar no assassinato de Marielle usava empresa para tentar progredir de regime

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Foto colorida de Maxwell Simões Correa-Suel- caso Marielle Franco - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de Maxwell Simões Correa-Suel- caso Marielle Franco - Metrópoles - Foto: Reprodução

A empresa do ex-bombeiro Maxwell Simões, preso na segunda-feira (23/7) por suspeita de participação no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, não funciona no endereço cadastrado na Receita Federal. A Polícia Federal apura se Suel, como é conhecido, usa a firma para lavar dinheiro e simular um emprego, como forma de tentar sair do regime domiciliar fechado.

Preso em maio do ano passado na Operação Calígula, Suel estava em prisão domiciliar. A operação mirou também a delegada Adriana Belém, investigada por favorecimento da milícia e do jogo do bicho.

A coluna visitou o endereço registrado na Receita Federal da suposta empresa de carros MaxSpeed, no shopping Vogue Square, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Não há qualquer registro do nome de Maxwell no banco de dados da portaria das salas comerciais. Os funcionários interfonaram para a sala, mas ninguém atendeu.

Além disso, os funcionários da portaria informaram que no número da sala indicada pela Receita Federal, a 391, funciona uma clínica de estética, e não uma empresa de carros.

Segundo a Polícia Federal, a Maxspeed não transferiu nem recebeu dinheiro de Suel desde 2021, quando foi aberta. Até março deste ano, constava como sócia da empresa uma mulher chamada Edilaine Rohden, que, após deixar a sociedade, continua sócia de Suel em outro CNPJ, a “Rohden Consultoria Automotivas”.

A empresa movimentou, segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), R$ 5,3 milhões em três meses. Os valores, segundo o Coaf, são incompatíveis com as rendas declaradas por Suel e sua sócia, que recebem salário mensal de R$ 6 mil cada.

Procurada via ligação telefônica e por mensagens de WhatsApp, Edilaine Rohden não retornou os contatos da coluna.

(Atualização às 12h do dia 29 de julho de 2023: À coluna, Edilaine disse que a sociedade com Maxwell Simões teve início após negociações de seu marido com ele e alegou que não movimentou R$ 5,3 milhões na conta da Rohden Consultoria, empresa que tem sociedade com Suel. A empresária disse que o relatório do COAF, baseado na quebra de sigilos bancários, está errado.)

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metropoles.comGuilherme Amado

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