Caso Marielle: as ligações entre um policial do RJ e a esposa de assassino
Um soldado da PMRJ foi alvo de uma busca e apreensão após Inteligência apontá-lo como contato frequente de mulher de assassino de Marielle
atualizado
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O soldado da ativa da Polícia Militar do Rio de Janeiro Márcio José Rosa de Carvalho, do 18º Batalhão de Polícia Militar, de Jacarepaguá, teve contato frequente com a mulher de Ronnie Lessa na época em que o crime aconteceu. A informação consta em um relatório de inteligência da Polícia Civil produzido em novembro de 2018 sobre pessoas ligadas a Lessa, apontado como executor de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
O relatório de inteligência da Polícia Civil não se aprofundou em tentar saber o motivo do contato entre os dois, apenas apontou que Carvalho é suspeito de integrar a organização criminosa chefiada por Lessa.
Em 2019, o soldado foi alvo de uma ação de busca e apreensão feita pela Delegacia de Homicídios da Capital. Na operação, foram apreendidos quatro telefones celulares. O conteúdo analisado nos aparelhos não foi divulgado.
O soldado, na época do crime, era lotado no 9º Batalhão de Polícia Militar, em Rocha Miranda, bairro na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde, segundo a delação de Élcio de Queiroz, Lessa e o ex-bombeiro Maxwell Simões tinham um esquema de exploração clandestina de televisão a cabo, o chamado gatonet. Conhecido como Suel, o ex-bombeiro foi preso na semana passada pela Polícia Federal por suspeita de participação no assassinato de Marielle Franco.
Rocha Miranda é um bairro com importância nas investigações do assassinato de Marielle e Anderson. A região é citada 77 vezes na delação de Élcio de Queiroz e, ainda segundo o delator, foi em Rocha Miranda que o Cobalt Prata usado no crime foi visto pela última vez.
Procurado por meio da Secretaria de Polícia Militar do Rio de Janeiro, Carvalho não respondeu.