Um ofício da Fundação Casa de Barbosa (FCRB), ligada ao Ministério do Turismo, afirmou que os servidores idosos e com comorbidades são um dos maiores problemas da instituição.

“‘Mudanças no comando’ são meros atos de gestão quando necessários ou solicitados pelos próprios servidores de cada setor. Servidores envelhecem, pedem aposentadoria, adoecem, e a Casa não pode parar de funcionar. Este é inclusive um dos maiores problemas da FCRB: poucos servidores e muitos idosos e com comorbidades”, disse a Fundação.

O ofício é assinado pela presidente da instituição, Letícia Dornelles, e foi encaminhado à Câmara, em um pedido de informações protocolado pelo deputado David Miranda, do PSol do Distrito Federal, para questionar a Fundação sobre mudanças em sua estrutura.

Uma dos pontos questionados pelo deputado é uma publicação numa rede social em que Dornelles afirma que estava escrevendo um decreto presidencial, o que ela não tem poder para fazer.

No ofício, Dornelles diz que o projeto foi resultado de uma “madrugada criativa”.

“O conteúdo abordava a acessibilidade, a inclusão social e a diversidade no âmbito da visitação turística da FFCRB. Porém sequer foi levado adiante devido à pandemia. Não saiu do computador da presidente. E, como o próprio texto diz, foi escrito de madrugada e apagado em seguida. Houve apenas o tempo de alguém tirar o print e querer transformar uma foto da madrugada criativa em meio à pandemia em decreto consumado”, diz Dornelles no ofício.

Ex-presidentes e pessoas ligadas ao setor cultural têm apontado uma tentativa de desmonte da Fundação e criticaram a nomeação de Dornelles para o cargo.