Cármen Lúcia decidirá se ação do MEC contra Bolsonaro deixa o STF
Bolsonaro foi citado em inquérito que apura esquema de corrupção do ex-ministro Milton Ribeiro; ex-presidente está sem foro privilegiado
atualizado
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Com o fim do recesso do Judiciário, a ministra do STF Cármen Lúcia decidirá se envia para a primeira instância o inquérito que apura a suposta interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal (PF).
Bolsonaro foi citado em um grampo telefônico do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, investigado por suspeitas de corrupção na pasta. Na conversa, Ribeiro diz à filha que o ex-presidente havia afirmado que a PF poderia cumprir um mandado de busca e apreensão contra o ex-ministro. O diálogo ocorreu treze dias antes da operação contra ele.
O caso subiu para o STF porque Bolsonaro tinha foro privilegiado durante o exercício do mandato presidencial. Na ocasião, Cármen Lúcia foi sorteada como a relatora da ação. Bolsonaro perdeu o foro após entregar o cargo a Lula.
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) decidiu suspender a investigação que a PF havia aberto contra Bruno Calandrini, o delegado que pediu a prisão de Ribeiro e de outros suspeitos envolvidos no esquema do MEC.
A Corregedoria da PF abriu a investigação contra o delegado durante o governo Bolsonaro. A decisão do TRF1 de suspender a apuração foi tomada em caráter liminar.