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Cardeal desiste de criar conselho que atuaria com reitor da PUC-Rio

Dom Orani, cardeal e arcebispo do Rio de Janeiro, voltou atrás na criação do conselho após vazamento da informação

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Divulgação PUC-Rio
Fachada da PUC-Rio
1 de 1 Fachada da PUC-Rio - Foto: Divulgação PUC-Rio

O cardeal católico e arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, desistiu de criar um conselho com cinco integrantes que atuaria junto ao reitor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), o padre Anderson Pedroso.

A decisão de Dom Orani foi tomada por ele em 19 de março, poucos dias depois de a coluna noticiar a ordem dele para criação do colegiado. Ao determinar a formação do conselho, o cardeal havia citado “mudanças” pelas quais a PUC-Rio tem passado e “sinais de instabilidade” na universidade, sem especificar quais eram.

Os cinco membros do conselho, com duração inicial de um ano, seriam o presidente e quatro diretores das Faculdades Católicas, mantenedora da PUC-Rio: padre Luís Correa Lima, Dom Antônio Luiz Catelan Ferreira, padre Ricardo Torri de Araújo, padre Waldecir Gonzaga e Carlos Alberto Serpa de Oliveira.

Em novo ofício endereçado aos cinco, Dom Orani anunciou que as nomeações dele como conselheiros não seriam efetivadas.

No documento, ao qual a coluna teve acesso, o cardeal lamentou o vazamento da informação sobre a criação do colegiado e afirmou que a nova decisão se dava para “reafirmar nosso compromisso com os princípios éticos e a governança responsável”.

Em suas palavras, o vazamento “não apenas causou considerável desgaste à imagem” da PUC-Rio, como “expôs indevidamente a imagem do nosso Reitor e, por extensão, reflete na reputação da Companhia de Jesus, que há anos conduz nossa Universidade”.

Procurados pela coluna, o cardeal Dom Orani Tempesta e o reitor da PUC-Rio, padre Anderson Pedroso, não quiseram se manifestar.

“Sinais de instabilidade”

Ao assinar a criação do Conselho do Reitor da PUC-Rio, citando “sinais de instabilidade” na universidade, o cardeal afirmou que o órgão seria instituído em “comum acordo” com o provincial dos jesuítas no Brasil, padre Mieczyslaw Smyda, atendendo ao parecer de uma comissão, aberta pelo próprio Dom Orani.

O cardeal pediu na ocasião que os conselheiros atuassem “ativamente junto ao reitor”, em reuniões mensais, cujas conclusões deveriam ser registradas em ata, enviadas a ele e ao provincial dos jesuítas.

Os conselheiros colaborariam com o reitor “no discernimento das decisões a serem tomadas por quem de competência, dentro da governança própria da Universidade e de seu modus operandi, de acordo com o Estatuto vigente, nos âmbitos pedagógico, administrativo-financeiro e de gestão”.

Nas palavras de Dom Orani, o conselho iria “contribuir, entre outros fatores, para aprimorar a gestão do atual reitor”. A atuação dos conselheiros, conforme o despacho inicial de Dom Orani, não substituiria instâncias de apoio à reitoria, nem deveria estar em “desacordo” com elas.

 

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