Candidato de Ciro Gomes no RJ defende diálogo com Lula e Doria
Em entrevista em vídeo à coluna, o pré-candidato do PDT ao governo do RJ afirmou manter contato com Lula e João Doria
atualizado
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Ex-prefeito de Niterói (RJ) e pré-candidato do PDT ao governo do RJ, Rodrigo Neves defendeu que o partido mantenha diálogo com outras forças políticas, em nome da defesa da democracia. Neves afirmou que Ciro Gomes, candidato de seu partido ao Planalto, “cumpre um papel importante” nas eleições, mas revelou manter contato com Lula e João Doria, governador de SP.
“O Brasil e a democracia estão em risco. E nesta eleição é muito importante que as forças democráticas, independentemente de colorações partidárias, mantenham um diálogo”, disse, em entrevista à coluna, que pode ser encontrada na íntegra ao final deste texto.
No Rio de Janeiro, o PDT fechou aliança com o PSD, que tem Felipe Santa Cruz como pré-candidato ao governo do estado. Santa Cruz é apoiado por Eduardo Paes, considerado hoje o maior cabo eleitoral do estado. Os dois partidos ainda não decidiram quem será o cabeça da chapa. Perguntado se estaria de fato disposto a ceder para Santa Cruz, Neves não respondeu e limitou-se a dizer que irá “dialogar com tranquilidade”.
Neves não poupou críticas a Cláudio Castro, atual governador do estado, que tenta a reeleição, mas também alfinetou Marcelo Freixo, que é pré-candidato pelo PSB e, ao lado de Castro, é um dos favoritos para ir ao provável segundo turno do estado.
“Nós temos experiências que o Cláudio e o Freixo não têm. Não dá para aprender no cargo a governar. É isso que vai dar lastro de confiança para a sociedade fluminense neste momento de desesperança para o Rio”, assinalou Neves, que disse considerar que Freixo não tem capacidade política de fazer articulações.
No seu segundo mandato na Prefeitura de Niterói, Neves foi alvo da Operação Lava Jato e ficou preso por quase três meses. Sobre o episódio, o pré-candidato do PDT afirmou que sofreu perseguição política e foi “sequestrado” pela Justiça fluminense, uma vez que, segundo ele, nunca foi chamado para depor antes de ser levado preso.
Após Neves ir para a prisão e ser afastado do cargo de prefeito, em dezembro de 2018, o deputado bolsonarista Carlos Jordy, que na época era vereador, apresentou um pedido de impeachment contra Neves, sabendo que o então vice-prefeito, Comte Bittencourt, não poderia assumir a cadeira, uma vez que em 2017 havia abdicado para continuar deputado estadual. Neves disse ter sido alvo de uma tentativa de “tomar o poder de assalto”.
“O Brasil já percebeu que nós tivemos, nos últimos anos, em algumas situações, uma manipulação política com objetivo de destruir lideranças políticas adversárias”, frisou.
Assista à íntegra da entrevista abaixo.