Cancelar reajuste para policiais não resolveria crise, diz sindicato
Essa é a avaliação do Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado, que coordena a movimentação dos servidores
atualizado
Compartilhar notícia
Um eventual cancelamento do reajuste para os policiais de carreiras federais, o que faria Jair Bolsonaro recuar em sua promessa, não acabaria com a movimentação de servidores federais em prol de ganhos salariais.
Essa é a avaliação de Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), entidade que agrega 37 sindicatos de servidores.
“Sem chances. Essa campanha salarial começa agora, mas só termina quando houver recomposição dos salários”, disse Marques à coluna ao ser questionado sobre a possibilidade.
O cancelamento foi sugerido pelo líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros, do PP do PR, em entrevista ao repórter Thiago Resende nesta quinta-feira (6/1).
“O reajuste para os policiais é necessário, como para as demais categorias do funcionalismo, a fim de recompor perdas que já somam 27,2% pelo IPCA de 2017 até aqui”, acrescentou.
Até o momento, a categoria com a maior mobilização é a Receita Federal. Auditores fiscais já entregaram 951 postos de chefia, iniciaram uma operação padrão que gerou filas em diversos postos aduaneiros e paralisaram a análise de casos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
O presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita, Isac Falcão, afirmou que o presidente precisa regulamentar o bônus de eficiência da categoria, aprovado em 2017 mas que ainda não entrou em vigor. “Mais uma fala desrespeitosa não arrefecerá as mobilizações”, avaliou.
A Fonacate organiza no próximo dia 18 um dia nacional de mobilização, que contará com protestos na frente do Banco Central e do Ministério da Economia. Além disso, a Receita prevê manifestações em suas 80 delegacias sindicais espalhadas pelo país.