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Campanha de Moro acende alerta e cogita plano B para candidatura

Dificuldades financeiras e estagnação nas pesquisas são dois dos motivos que levam pessoas próximas a cogitar a desistência de Sergio Moro

atualizado

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O pré-candidato a presidência da República Sergio Moro (Podemos), participa de filiação de membros do MBL (Movimento Brasil Livre) no Hotel Renaissance, região central de São Paulo, nesta noite de quarta-feira, 26. Foto: Fábio Vieira/Metrópoles
1 de 1 O pré-candidato a presidência da República Sergio Moro (Podemos), participa de filiação de membros do MBL (Movimento Brasil Livre) no Hotel Renaissance, região central de São Paulo, nesta noite de quarta-feira, 26. Foto: Fábio Vieira/Metrópoles - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

A campanha de Sergio Moro começou a cogitar um “Plano B” para o caso de o ex-juiz ter de desistir da candidatura à Presidência. A hipótese já foi mencionada pelo advogado Luis Felipe Cunha, coordenador-executivo da candidatura e braço direito de Moro, em conversas recentes.

Moro tem uma longa amizade com Cunha e o transformou no seu conselheiro mais próximo. Segundo integrantes da campanha, o advogado disse que não será possível levar a candidatura adiante se o cenário para o ex-juiz permanecer inalterado, ou seja: estagnação entre 6% e 9% nas pesquisas de intenção de voto — de acordo com Ipec, Ipespe e Datafolha de dezembro a fevereiro — e baixo orçamento.

A pesquisa CNT/MDA divulgada nesta semana com as intenções de voto para presidente foi outro banho de água fria na campanha. Antes dos resultados, havia preocupação com a incapacidade de Moro gerar fatos novos ou pautar as discussões políticas no país. O levantamento, no entanto, mostrou que a situação é ainda pior.

Moro ficou tecnicamente empatado com Ciro Gomes na terceira posição, mas apareceu numericamente atrás do pedetista, que tinha 6,7% contra 6,4% do ex-juiz. Outro sinal de alerta soou com a aparente recuperação de Bolsonaro, que diminuiu a diferença para Lula.

Moro se filiou ao Podemos em novembro e já tem feito viagens pelo Brasil para se apresentar como pré-candidato à Presidência. Os obstáculos que ele enfrenta fizeram com que negociasse a ida para o União Brasil, mas não houve acordo com o presidente do partido, Luciano Bivar.

O Podemos também compreendeu que lançar Moro ao Palácio do Planalto será muito mais caro do que o partido esperava. A direção da sigla acreditava que uma aliança com o União Brasil resolveria o problema, mas as negociações estão longe de um desfecho.

Há um incômodo na direção do partido com o custo fixo de Moro, como seguranças, salário e equipe. O Podemos é uma sigla com poucos recursos do fundo partidário, na comparação com PDT, PSDB, PL e PT, partidos de seus principais oponentes.

Uma eventual desistência poderia reativar os planos de levar Moro para o Congresso, seja como senador, seja como deputado federal. Já outra ala da campanha argumenta que Moro tem de levar a candidatura até o fim, mesmo em condições desfavoráveis. Acreditam que chegar em terceiro na eleição presidencial transformaria o ex-juiz em um personagem com voz relevante na política nacional e ajudaria na eleição da bancada de deputados do Podemos.

 

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A seguir, os candidatos à Presidência
Ciro Gomes, do PDT
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O primeiro turno da eleição para presidente da República está marcado para 2 de outubro de 2022

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João Doria (PSDB) - Vencedor das prévias do partido, Doria está oficializado como pré-candidato

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Leonardo Péricles, do UP

Emiliana Silbertein/ Amanda Alves/ Manuelle Coelho/ Jorge Ferreira
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Luiz Inácio Lula da Silva, do PT

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Simone Tebet, do MDB

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(Atualização, às 17h15 de 23 de fevereiro de 2022. As assessorias de imprensa de Luís Felipe Cunha e da campanha de Moro entraram em contato com a coluna e negaram que o advogado tenha dito que há a possibilidade de Moro desistir.)

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