A campanha de Lula tem 1.230 grupos de WhatsApp oficiais, que comportam até 247 mil números de celular. Os números foram contabilizados no início da noite desta sexta-feira (28/10). A campanha de Jair Bolsonaro, por outro lado, não informou ter nenhum grupo oficial de WhatsApp.
Há pelo menos oito tipos de grupos da campanha lulista no serviço de mensagens privadas, anunciados no site oficial do petista informado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Cada um é focado em um eleitorado. Para os jovens, o Lulaverso; evangélicos, o Evangélicos com Lula; para virar votos, o ViraVoto 13; e para rebater mentiras, o Gabinete da Verdade. O mais popular é o Zap do Lula, que promete “conteúdo exclusivo em primeira mão” e tem 662 grupos.
Atualmente, cada grupo de WhatsApp pode ter até 256 perfis. Depois da eleição, a rede de mensageria pretende dobrar o limite de participantes, chegando a 512 números de celular.
Em parte desses grupos, a regra é que os administradores, ligados à campanha, controlem o fluxo de mensagens. Em uma período do dia, os administradores costumam abrir o canal para receber áudios, textos, fotos e vídeos de qualquer participante.
Os links de entrevistas e atos de campanha de Lula são compartilhados em tempo real nesses grupos, além de publicações do ex-presidente nas redes sociais. Há também conteúdos específicos para cada grupo, como um vídeo de um pastor chamando Bolsonaro de “diabo”. O material foi compartilhado em um grupo Evangélicos com Lula na última semana.
Ao contrário de Lula, Jair Bolsonaro não informou ao TSE ter um site oficial. No portal do Partido Liberal, por onde o presidente recebe doações para a campanha, não há nenhuma página para participar de grupos de WhatsApp.
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Luiz Inácio Lula da Silva, nascido em 1945, é um ex-metalúrgico, ex-sindicalista e político brasileiro. Natural de Caetés, no Pernambuco, foi o 35º presidente do Brasil
Fábio Vieira/Metrópoles
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De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, passou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda
Fábio Vieira/Metrópoles
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Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria
Fábio Vieira/Metrópoles
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Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu
Ricardo Stuckert
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Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política
Reprodução/YouTube
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Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo e, em 1989, concorreu pela primeira vez para presidente. Perdeu para Fernando Collor. Lula disputou o Palácio do Planalto outras duas vezes até ser eleito, em 2002
Ricardo Stuckert/Reprodução/Instagram
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Cumprindo o primeiro mandato, foi reeleito em 2006, após disputa com Geraldo Alckmin, e permaneceu como presidente até 31 de dezembro de 2010
Fábio Vieira/Metrópoles
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Durante o período em que foi chefe de Estado, ficou conhecido pelos programas sociais Fome Zero e Bolsa Família, pelos planos de combate à pobreza e pelas reformas econômicas que aumentaram o PIB brasileiro. No exterior, Lula foi considerado um dos políticos mais populares do Brasil e um dos presidentes mais respeitados do mundo
Fábio Vieira/Metrópoles
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Após passar a faixa presidencial para Dilma Rousseff, Lula começou a realizar palestras nacionais e internacionais. Em 2016, foi nomeado por Dilma para comandar a Casa Civil, mas foi impedido de exercer a função pelo STF
Fábio Vieira/Metrópoles
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Em 2017, Lula foi condenado pelo então juiz Sergio Moro por lavagem de dinheiro e corrupção, resultado da Operação que ficou conhecida como Lava Jato. A sentença levou Lula à prisão até 2019, quando ele foi solto após o STF decidir que ele só deveria cumprir pena depois do trânsito em julgado da sentença
Fábio Vieira/Metrópoles
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Em 2021, o Supremo declarou que Sergio Moro foi parcial nos julgamentos e, consequentemente, todos os atos processuais foram anulados. Lula tornou-se elegível outra vez e, tempos depois, confirmou a intenção de se candidatar novamente ao Planalto