Campanha de Bolsonaro pediu a aliados cruzada evangélica pelo Brasil
Políticos com apelo entre o eleitorado evangélico estão viajando para estados onde o PT vislumbra crescimento de Lula no segundo turno
atualizado
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Lideranças políticas do bolsonarismo que possuem apelo entre o eleitorado evangélico atenderam a um pedido da campanha de Bolsonaro para viajar o país neste segundo turno.
A cruzada evangélica foca em estados onde o PT espera melhorar o desempenho de Lula.
O início da peregrinação foi na semana passada, com agendas conjuntas da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e da senadora eleita Damares Alves na Região Norte. Elas tinham a missão de mobilizar o eleitorado bolsonarista em Manaus e em Belém e impulsionar os votos entre o público feminino.
A campanha avalia que o trabalho de Michelle e Damares foi bem-sucedido. Elas formaram um grupo de trabalho e continuam viajando juntas pelo país. Na segunda-feira (17/10), a dupla fez reunião privada com as venezuelanas do caso que fez eclodir a maior crise da eleição para Bolsonaro.
Michelle e Damares estarão em São Paulo, nesta quarta-feira (19/10), para acompanhar Tarcísio de Freitas ao longo do dia. O bolsonarismo usa o bom momento do ex-ministro na campanha estadual para desidratar os votos de Lula entre os paulistas.
O deputado Otoni de Paula, do MDB, foi deslocado pela campanha para percorrer o Nordeste. Otoni esteve por uma semana na Paraíba e no Rio Grande do Norte. Ele pretende ficar cinco dias na Bahia, estado considerado prioritário para Bolsonaro na região.
Outros políticos do segmento evangélico fazem trabalho semelhante, mas sem a mesma intensidade da agenda de Otoni. O senador eleito Magno Malta e o deputado Marco Feliciano integraram a comitiva que Bolsonaro levou a Recife. Por lá, Magno espalhou mentiras aos eleitores, dizendo que artistas de esquerda “vão à praça pública” para chamar Jesus de “viado”.