Campanha de Bolsonaro contraria PM e usa drones no 7 de Setembro
PM proibiu drones, que sobrevoaram carro de som de Jair Bolsonaro; imagens foram publicadas por integrantes da campanha
atualizado
Compartilhar notícia
A campanha de Jair Bolsonaro contrariou a Polícia Militar (PM) do Distrito Federal e usou drones na Esplanada dos Ministérios durante o Sete de Setembro, nesta quarta-feira (7/9). As imagens foram publicadas por integrantes da campanha, como o marqueteiro de Bolsonaro e um ex-ministro.
Depois do desfile, Bolsonaro discursou em um carro de som entre o Ministério da Saúde e o Ministério da Infraestrutura, em frente ao Congresso Nacional. A coluna registrou o uso simultâneo de pelo menos dois drones em cima do trio elétrico (veja foto abaixo). Durante as filmagens antes da chegada do presidente, aliados de Bolsonaro no palco pediam que o público mostrasse agitação enquanto o jingle da campanha era reproduzido.
Na véspera, a Polícia Militar havia proibido o voo de drones na Esplanada dos Ministérios. Outros itens impedidos eram armas de fogo, garrafas de vidro e mastros de bandeira. Os mastros eram vistos constantemente no local, em outra flexibilização da segurança anunciada pela PM.
As imagens captadas pelos drones foram publicadas após o discurso de Bolsonaro por pelo menos dois aliados: Sérgio Lima, marqueteiro digital da campanha de reeleição, e Marcos Pontes, ex-ministro de Ciência e Tecnologia e atual candidato ao Senado em São Paulo pelo PL, partido de Bolsonaro.
Procurados, o marqueteiro de Bolsonaro e a PM não responderam.
Ver essa foto no Instagram
Não foi o primeiro conflito de Bolsonaro com a corporação. Na noite da terça-feira (6/9), Bolsonaro ordenou que o Exército cadastrasse caminhões para que entrassem na Esplanada dos Ministérios, o que a PM já havia vetado. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, veio a público e reforçou que a proibição estava mantida.
“Está terminantemente proibida a entrada de caminhões na Esplanada dos Ministérios. Neste 7 de Setembro, só entra gente na Esplanada”, disse Ibaneis ao Metrópoles.
