Câmara vota logo mais projeto que opôs Rui Costa a Alckmin e Haddad
A discussão do Mover expôs a divisão no governo entre duas visões para o tema: de um lado Rui Costa e do outro Alckmin e Haddad
atualizado
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A Câmara dos Deputados vota logo mais, nesta quarta-feira (22/5) o texto do Programa de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que vai criar regras para a concessão de benefícios fiscais à indústria automotiva para a produção de veículos com menor impacto ao meio ambiente.
A discussão do Mover expôs a divisão no governo entre duas visões para o tema. De um lado, Rui Costa, ministro da Casa Civil. Do outro, o vice Geraldo Alckmin, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, e Fernando Haddad, da Fazenda.
Enquanto Costa defendia que o texto beneficiasse o carro 100% elétrico, como do da chinesa BYD, que tem fábrica na Bahia, os paulistas Alckmin e Haddad defendem que haja atenção com o modelo híbrido, mais próximo da matriz dominante da indústria nacional, de motor à combustão.
A Toyota, líder do modelo híbrido no mundo e com três fábricas no estado de São Paulo, é uma das maiores interessadas em que o Mover tenha atenção com essa segunda opção.
O argumento central de Alckmin e Haddad é que o modelo híbrido fortalece a indústria nacional e teria o condão de gerar muito mais empregos do que os carros elétricos produzidos pela BYD, que fortaleceriam na disputa mundial o modelo chinês, mas traria menos benefícios, por exemplo, para o mercado de trabalho automotivo brasileiro.