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Câmara excluiu menção à Rússia para aprovar repúdio sobre guerra

Negociação foi a forma encontrada pelo deputado Danilo Forte para aprovar a moção

atualizado

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Marina Ramos/Câmara dos Deputados
Plenário da Câmara
1 de 1 Plenário da Câmara - Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

A Câmara também enfrentou dificuldades para se posicionar sobre a guerra na Ucrânia. O deputado Danilo Forte, do PSDB do Ceará, autor da moção de repúdio aprovada na quarta-feira (9/3), só conseguiu a unanimidade após excluir menções à Rússia. O pronunciamento da Casa, contudo, ainda é mais contundente do que o do governo Bolsonaro, que evita criticar a invasão russa.

Para alcançar o consenso entre os colegas, o deputado precisou ceder a queixas do PCdoB. Nas negociações, a sigla cobrou que a Rússia não fosse citada e reclamou que o texto em negociação não abordava a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no leste europeu. Liderada pelos Estados Unidos, a Otan é fortemente criticada por Vladimir Putin, presidente russo, e usada como um argumento para o conflito.

Assim, o texto final se posiciona pelo “fim da guerra, das hostilidades, pelo cessar-fogo e pela paz”. A moção “endossa que todos os Estados devem manter sua autonomia e preservar seus territórios, garantindo o bem estar das gerações atuais e futuras”.

“O importante é a solidariedade ao povo ucraniano, a defesa da soberania, e o posicionamento político da Câmara dos Deputados”, afirmou Forte.

Jair Bolsonaro não se posicionou formalmente contra a guerra para não se indispor com Putin, a quem visitou dias antes do início da invasão à Ucrânia. Recentemente, Bolsonaro declarou que Putin é “um dos homens mais poderosos do mundo” e pregou “isenção” ao conflito. O Itamaraty tampouco condenou as agressões russas.

Na semana passada, a Defensoria Pública da União (DPU) já havia emitido um posicionamento contundente sobre o conflito, quando apontou possíveis crimes de guerra da Rússia em solo ucraniano.

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