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Câmara confirma que Bolsonaro será barrado na Casa até tomar vacina

Presidente atacou imunização e disse que não se vacinará; doença matou 607 mil brasileiros

atualizado

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Bolsonaro em ação no STF: decretos do DF, RS e BA são estado de sítio
1 de 1 Bolsonaro em ação no STF: decretos do DF, RS e BA são estado de sítio - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Câmara confirmou nesta sexta-feira (29/10) que Jair Bolsonaro será proibido de entrar na Casa até se vacinar contra a Covid, o que ele prometeu não fazer. De volta ao trabalho presencial nesta semana, a Câmara começou a exigir comprovação de vacinação, aferição da temperatura e uso de máscara, medida que o presidente pouco adota em público.

Em resposta a um questionamento da coluna, que citou autoridades federais, a Câmara informou que obrigará o cumprimento dessas regras a todos que entrarem na Casa. A medida de segurança sanitária atendeu a um pedido da oposição no mês passado.

Deputados ou servidores com acesso aos plenários, seguiu o órgão, poderão substituir o comprovante de vacinação por um laudo laboratorial que comprove a imunização. Até esta sexta-feira (29/10), funcionários que atestaram a vacinação à Câmara receberam um pequeno adesivo, sem holograma, para o crachá.

Contrariando recomendações básicas de saúde, Bolsonaro não tomou a vacina, atacou os imunizantes e afirmou que não se imunizará. 607 mil brasileiros morreram por causa da doença. Nesta semana, o presidente teve uma live apagada pelo Instagram, Facebook e Twitter por ter dito mentiras sobre a vacina. O presidente também circula sem máscara em público, o que motivaria outra proibição na entrada da Câmara.

Bolsonaro também prometeu vetar um projeto do Congresso que prevê o “passaporte da vacina” no país. O texto foi aprovado no Senado em junho e ainda não foi votado pela Câmara.

O momento não é dos mais tranquilos para o governo na Câmara. A base tem mostrado dificuldade em aprovar pautas importantes para o Planalto, a exemplo da PEC dos precatórios e a medida provisória do Auxílio Brasil — que Bolsonaro entregou aos deputados pessoalmente em agosto.

(Atualização às 20h40 de 29 de outubro de 2021: Em nota, a presidência da Câmara recuou e negou que barrará Jair Bolsonaro por falta de vacina. “Todas as medidas estão sendo tomadas para a retomada dos trabalhos presenciais. Vários ajustes estão sendo feitos para que todos voltem com a maior segurança possível. O presidente Arthur Lira nega, no entanto, que a Câmara dos Deputados irá barrar o chefe de outro Poder. Mesmo na restrição mais rígida da Câmara, jamais foi impedida a visita do presidente de outro Poder”.)

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