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Cade tende a aprovar compra da Unidas pela Localiza

O tribunal administrativo do Cade deve se dividir quanto ao assunto e a decisão pode até ficar para o voto de Minerva do presidente

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A tendência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no momento é de aprovar a compra da Unidas pela Localiza mediante a venda de ativos. O caso será julgado na próxima semana.

O tribunal administrativo do Cade deve se dividir quanto ao assunto e a decisão pode até ficar para o voto de Minerva do presidente Alexandre Cordeiro.

Isso porque ele e o conselheiro Luiz Augusto Hoffmann tendem a votar pela aprovação do negócio. Do outro lado estão os conselheiros Paula de Azevedo e Sergio Ravagnani, que pendem para a reprovação. O conselheiro Luis Braido não votará no caso.

Entre os dois lados estão a relatora do caso, a conselheira Lenisa Prado, e o futuro conselheiro Gustavo Freitas de Lima. No momento, Prado indicou em conversas internas que seguirá o caminho da aprovação.

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Já o caso de Lima tem um fator adicional. O seu nome precisa ser aprovado pelo Senado antes da sessão do dia 15. A previsão é de que o plenário aprove sua indicação no dia 14. Caso isso aconteça, ele votará já que está aproveitando o tempo para se inteirar do assunto.

A sua linha de atuação ainda não é conhecida pela comunidade antitruste já que esse será sua primeira participação em um julgamento do Cade.

Em sua sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, ele disse que a autoridade antitruste deve tentar todos os caminhos legalmente possíveis antes de reprovar uma aquisição entre empresas. A leitura feita da sua fala é de que ele seguiria uma linha menos restritiva.

Assim, caso seu nome seja aprovado a tempo, a operação seria aprovada mediante a imposição da venda de ativos mesmo com um voto contrário da relatora do caso já que o plenário se dividiria em 3 a 3 e o voto de Minerva cabe ao presidente Alexandre Cordeiro.

Sendo esse o caminho seguido pela Cade, resta a ver quais remédios antitruste serão impostos. As empresas já ofereceram a venda de 30 mil carros e a marca Unidas, o que foi julgado insuficiente pelos terceiros interessados no caso. Nesse grupo estão as concorrentes Ald Automotive, Movida e Ouro Verde. Todas já se manifestaram publicamente contra o negócio por temer uma concentração excessiva no setor.

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