Cade decide dia 15 se autoriza ou não venda da Unidas para Localiza
Faltam menos de 20 dias para o Cade decidir sobre a operação entre as locadoras de carros e o tribunal administrativo está dividido
atualizado
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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidirá em 15 de dezembro se autoriza ou não a venda da Unidas para a Localiza. Faltando menos de 20 dias para o julgamento, o tribunal administrativo do Cade ainda não chegou a um acordo sobre como encaminhar a questão.
Nos seminários internos realizados pelos conselheiros, ainda não foi formada uma tendência clara sobre o caminho a ser seguido. As empresas aceitariam vender a marca Unidas e até 30 mil veículos. Entretanto, isso não seria suficiente para a relatora do caso, a conselheira Lenisa Prado.
Com o impasse entre o que as empresas estão dispostas a fazer e o que quer a relatora do caso, a solução para viabilizar a operação passaria por vendas maiores. Ainda há tempo para isso, mas a atual divisão do plenário dificulta a atuação das empresas.
A conselheira Paula Farani de Azevedo tem um padrão de voto semelhante ao de Lenisa. No outro lado estão o presidente do Cade, Alexandre Cordeiro, e o conselheiro Luiz Augusto Hoffmann, que têm visões parecidas. O conselheiro Luis Braido se declarou suspeito. Assim, caso a divisão existente no Cade persista, o voto de minerva ficaria com o conselheiro Sergio Ravagnani.
A compra da Unidas pela Localiza foi notificada ao Cade em 11 de janeiro deste ano. A Localiza foi fundada por Salim Mattar, ex-secretário de Desestatização, Desinvestimentos e Mercados do ministro Paulo Guedes. Ele deixou o governo em agosto de 2020 insatisfeito com a demora do governo federal em privatizar estatais.