O empresário Carlinhos Cachoeira disse ter sido ameaçado pelo juiz federal Alderico Rocha Santos, alvo de um procedimento disciplinar por comprar duas fazendas de R$ 33,5 milhões. Em publicação no Instagram na sexta-feira (9/8), Cachoeira disse que o magistrado “age ao arrepio da lei”.

“O juiz federal afastado Alderico Rocha Santos age ao arrepio da lei como se não tomasse conhecimento do CNJ [Conselho Nacional de Justiça] e do MPF [Ministério Público Federal]. Agora ele faz ameaças para intimidar vítimas e possíveis testemunhas de seus atos”, afirmou Cachoeira.

Ainda segundo o empresário, Santos também ameaçou a empregada doméstica Maria Conceição Verônica, que vendeu uma fazenda ao magistrado. Cachoeira apontou que a empregada recebeu apenas “pagamentos irrisórios e promessas nunca cumpridas” ao “perder” a terra. Agora, Verônica tenta anular o contrato que diz ter assinado por confiar no juiz na época.

As acusações de ameaças são recíprocas no embate. O juiz federal afirmou ao MPF que foi ameaçado por Cachoeira de ser “desmoralizado publicamente”, como mostrou o colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles.

Cachoeira tenta provar que Santos tem R$ 1 bilhão em terras. O juiz, por sua vez, diz que pode provar todo o lastro de seu patrimônio. A hostilidade entre os dois seria em decorrência de Cachoeira ter tido a prisão decretada pelo juiz em 2012, na Operação Monte Carlo.