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Caboclo acusa chefe da Comissão de Ética de tentar prestar serviço à CBF antes de condená-lo

Rogério Caboclo diz que Carlos Renato de Azevedo Ferreira ofereceu serviço de consultoria

atualizado

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Leandro Lopes / CBF
Rogério Caboclo
1 de 1 Rogério Caboclo - Foto: Leandro Lopes / CBF

O presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo, acusou o chefe da Comissão de Ética da entidade, Carlos Renato de Azevedo Ferreira, de ter oferecido, em fevereiro, um serviço de consultoria para viabilizar que a CBF fosse autorizada pelo Ministério da Educação a criar uma universidade. A proposta não prosperou.

A denúncia está numa carta enviada por Caboclo por WhatsApp a presidentes de federações estaduais, que na próxima quarta-feira vão decidir sobre o afastamento ou não do dirigente, acusado de assédio por uma funcionária. A Comissão de Ética julgou Caboclo culpado e sugeriu um afastamento de 21 meses. Azevedo Ferreira foi quem presidiu todo o processo. Caboclo está afastado preventivamente desde o dia 6 de junho.

Na carta, o presidente afastado lança dúvidas sobre a conduta de Ferreira:

“Provavelmente o grande ‘mal’ que fiz a ele foi recusar uma proposta profissional datada de 05.02.21, para criar a Faculdade do Futebol da CBF. Solicitei que ele falasse diretamente com o ex-diretor de RH e da CBF Academy. Carlos Renato concordou, mas as coisas não caminharam para uma contratação dos serviços de assessoria”.

Caboclo ainda reforça que o presidente do Conselho de Ética é próximo de Marco Polo Del Nero, banido do futebol por corrupção e a quem Caboclo atribui a arquitetura do plano para tirá-lo da CBF.

“Adivinhem quem me trouxe a proposta recebida em seguida por WhatsApp de Carlos Renato pela primeira vez? Sim, ele, Marco Polo Del Nero, outra vez. Seria esta a razão de tantas e tamanhas ilegalidades e arbitrariedades contra mim? Não posso afirmar. Mas posso dizer que os assuntos não se confundem e sua atitude nos processos é inaceitável”, diz Caboclo na carta aos dirigentes.

Caboclo também diz que não viu necessidade da contratação da consultoria de Carlos Renato Ferreira.

“Simplesmente entendo que não existe a necessidade da contratação de consultaria por elevada monta para o exercício de atividades meramente burocráticas perante entes públicos como MEC, INEP e CNE. A questão é mais do que conceitual, envolve a violação estatutária e de ética a eventual contratação do presidente da comissão de ética para este mister. Certamente ele, bem ele, não levou isso em consideração.”

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