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Cabo eleitoral de Sergio Moro diz ter sido demitido por pedir água

Homem diz ter segurado bandeiras e panfletos de Sergio Moro em Curitiba por três dias sem ter recebido água

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Sergio Moro faz campanha com cabos eleitorais em Curitiba
1 de 1 Sergio Moro faz campanha com cabos eleitorais em Curitiba - Foto: Reprodução

O assistente jurídico Gersoni dos Santos afirmou que foi demitido da função de cabo eleitoral de Sergio Moro por ter pedido que a campanha desse água para os outros funcionários que panfletavam e seguravam bandeiras em Curitiba.

Santos trabalhou para a campanha de Moro de 5 a 8 de setembro. O pagamento, de R$ 120 por dia, foi feito pela conta oficial da campanha. Cada uma das 50 pessoas contratadas tinha que providenciar transporte, comida e água para o dia todo.

Foi este último ponto que causou discórdia entre os cabos eleitorais já na segunda-feira (5/9). As reclamações foram direcionadas a Luanna Licnveski, servidora do governo paranaense que se apresenta como “coordenadora de mobilização” de Moro.

“A gente já vinha pedindo água desde a segunda-feira. Na quinta-feira, eu comentei com a Luanna sobre a falta de água, que estava calor. Eu disse que estávamos em uma campanha bilionária com o dinheiro do Fundão e precisávamos de água, era o mínimo. Ela ficou brava comigo. No mesmo dia, me demitiu e demitiu outros. Alguns colegas chegaram a pegar água nas torneiras de banheiros de shoppings. Eu não consegui, estava muito fedido”, disse dos Santos em conversa com a coluna.

O assistente jurídico diz ter desistido de votar em Moro para o Senado após o episódio. “Eu participei também pela simpatia que eu tinha pelo Moro, mas me decepcionou muito. Não pretendo mais votar nele. Você está na rua, no frio, no calor, conversando, segurando bandeira, sendo xingado”.

Procurada, a coordenadora Luanna Licnveski disse que o grupo ficou sem água apenas por um dia. “No dia seguinte, tudo já estava normalizado. Quem não desempenhou adequadamente foi desligado”. Procurada, a campanha de Moro não comentou.

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A união dos dois se deu pela forte oposição ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Presidente Jair Bolsonaro e o então ministro Sergio Moro
Outrora aliados, Bolsonaro e Moro trocam críticas públicas frequentemente
No fim de agosto de 2019, Bolsonaro ameaçou tirar Maurício Valeixo, chefe da Polícia Federal indicado por Moro, do cargo de direção da corporação
“Ele é subordinado a mim, não ao ministro, deixar bem claro isso aí”, afirmou, na época, o presidente
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Após 22 anos de magistratura, o ex-juiz Sergio Moro, conhecido por conduzir a Lava Jato, firmou aliança com Bolsonaro e assumiu a condução do Ministério da Justiça, em 2019

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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A união dos dois se deu pela forte oposição ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

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Presidente Jair Bolsonaro e o então ministro Sergio Moro

Igo Estrela/Metrópoles
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Outrora aliados, Bolsonaro e Moro trocam críticas públicas frequentemente

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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No fim de agosto de 2019, Bolsonaro ameaçou tirar Maurício Valeixo, chefe da Polícia Federal indicado por Moro, do cargo de direção da corporação

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“Ele é subordinado a mim, não ao ministro, deixar bem claro isso aí”, afirmou, na época, o presidente

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Em 24 de abril de 2020, Bolsonaro exonerou Valeixo do comando da PF e Moro foi surpreendido com a decisão

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Sergio Moro critica o presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma entrevista ao Estadão

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Para o senador, Moro não representa um adversário forte por não integrar o cenário político e não possuir o "exército de seguidores" de Bolsonaro

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Em novembro, o ex-juiz retorna ao Brasil e se filia ao partido Podemos. Pela sigla, lançou-se pré-candidato à Presidência da República

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A relação, antes amigável, torna-se insustentável. Em entrevistas e nas redes sociais, Moro e Bolsonaro protagonizam trocas de farpas

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