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Cabide de emprego bolsonarista na Embratur custava R$ 327 mil por mês

A Embratur precisava desembolsar R$ 327 mil mensais para arcar com os salários de 16 funcionários indicados por lideranças bolsonaristas

atualizado

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Isac Nóbrega /PR
Jair Bolsonaro, então presidente da República, sorri durante a cerimônia de posse de Gilson Machado como presidente da Embratur, em 2019
1 de 1 Jair Bolsonaro, então presidente da República, sorri durante a cerimônia de posse de Gilson Machado como presidente da Embratur, em 2019 - Foto: Isac Nóbrega /PR

A Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) chegou a desembolsar R$ 327.297 mensais para arcar com os salários de 16 funcionários indicados por lideranças do bolsonarismo.

Todos os apadrinhados foram demitidos entre os dias 30 de dezembro de 2022 e 30 de janeiro deste ano. No governo Lula, a Embratur passou para as mãos do ex-deputado federal Marcelo Freixo, do PT do Rio de Janeiro.

Entre os beneficiados estavam amigos da família Bolsonaro. O ex-secretário da Pesca Jorge Seif, hoje senador pelo PL de Santa Catarina, emplacou a mulher, Catiane Seif, em um dos cargos de maior salário na agência. Ela foi contratada como coordenadora, em janeiro de 2020, e recebeu uma promoção para assumir uma gerência em 4 de novembro daquele ano, cujo é de R$ 25.767,50.

Maria das Dores Pereira, mulher do tenente Mosart Pereira, também foi alocada como gerente na Embratur. Ela tinha sido assessora de Eduardo Bolsonaro e foi contratada para a função na Embratur em 17 de janeiro de 2020. Mosart era um dos assessores mais próximos a Bolsonaro.

O deputado Mario Frias, ex-secretário de Cultura do governo Bolsonaro, levou o cunhado para uma das coordenadorias da Embratur. Contratado no dia 5 de agosto de 2021, Christiano Camatti recebia R$ 18.375,37 mensais para trabalhar na agência.

Outros funcionários que integravam o cabidão de empregos chegaram à Embratur por indicação de militares bolsonaristas e do ex-ministro do Turismo Gilson Machado.

Na cota dos militares estavam o tenente Luis Henrique Almeida, o coronel Fernando Jorge Paranhos e o major-brigadeiro Maurício Ribeiro Gonçalves, entre outros nomes da reserva.

Já Gilson Machado indicou Gentil Venâncio, Alberto Cassiano, Francisco Serejo e Eline Maria Barbosa para cargos de coordenação e gerência na Embratur. Ele foi presidente da Embratur entre 2019 e 2020. No apagar das luzes, Machado foi renomeado para a chefia da agência, no dia 18 de novembro do ano passado, mas acabou exonerado em 13 de janeiro deste ano.

As informações foram obtidas via Lei de Acesso à Informação e no portal da transparência disponibilizado pela Embratur.

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