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Brasil retoma padrão histórico em votações sobre Israel na ONU

Recuo em relação a Israel faz parte do esforço do atual chanceler, Carlos Alberto França, para retomar a tradição rompida por Ernesto Araújo

atualizado

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Gustavo Magalhães/MRE
O presidente Jair Bolsonaro sorri ao lado do ministro das Relações Exteriores, Carlos França
1 de 1 O presidente Jair Bolsonaro sorri ao lado do ministro das Relações Exteriores, Carlos França - Foto: Gustavo Magalhães/MRE

As votações brasileiras na ONU em relação a Israel voltou em 2021 à tradição rompida nos dois anos iniciais do governo Bolsonaro, período de Ernesto Araújo à frente do Itamaraty. O recuo é mais um exemplo do esforço do atual chanceler, Carlos Alberto França, de “desolavização” do Ministério das Relações Exteriores.

Em votações na ONU, o Brasil voltou a seguir o padrão internacional sobre o tema, de que qualquer mudança na questão Israel-Palestina tem que ser de comum acordo entre os dois lados.

Em 2019, o Brasil havia dado um giro de 180 graus afastando-se da tradição seguida pelo país há décadas em relação ao tema.

A organização israelita Stand With Us fez uma contagem dos votos brasileiros considerados por eles pró-Israel, ou seja, que não considera o padrão internacional sobre a necessidade da concordância também de Israel. Segundo o levantamento, seguindo esse critério, em 2021 houve apenas um voto a favor de Israel; seis contrários e sete abstenções.

Entre o que a organização considera como um voto contra Israel, por exemplo, foi uma resolução de dezembro de 2021, que retomou uma decisão de julho de 2004, em que a Assembleia Geral da ONU reiterou que o povo palestino deve ter o direito total e irrestrito à autodeterminação, sem obstáculos apresentados por Israel a isso.

Entre outras medidas tomadas por França, está o isolamento do influenciador digital Filipe Martins, assessor internacional de Bolsonaro, e o fim do uso da Fundação Alexandre de Gusmão, braço de estudos do Itamaraty, para promover extremistas olavistas.

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