Brasil registrou em 2020 pior vacinação infantil em 25 anos
Vacinação da BCG e da pólio, dois dos principais imunizantes obrigatórios para bebês, alcançou menos de 80% do público alvo
atualizado
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Em 2020, o Brasil registrou a pior cobertura de vacinação infantil em 25 anos. Em meio à pandemia, a vacinação da BCG e da pólio, dois dos principais imunizantes obrigatórios para bebês, alcançou menos de 80% do público alvo.
Os dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI) foram revelados pela agência Fiquem Sabendo, especializada no acesso a informações públicas. O levantamento aponta que, em 2020, nenhuma das nove principais vacinas indicadas para crianças abaixo de dois anos atingiu a meta federal de 90% a 95% do público vacinado.
Em 27 anos de existência, é a primeira vez que a BCG, que protege contra a tuberculose, ficou abaixo do índice estabelecido pelo PNI. No ano passado, apenas 73,8% das crianças se vacinaram contra a doença.
A cobertura da vacina da pólio teve uma situação semelhante e também ficou abaixo da meta federal, alcançando apenas 75,97% das crianças. Somente a vacina pneumocócica teve adesão superior a 80%.
Com a queda na cobertura vacinal, o Ministério da Saúde iniciou, no início deste mês, uma campanha de multivacinação para crianças e adolescentes com menos de 15 anos para atualização da carteira de vacinação. Os baixos índices acendem o alerta para o risco de ressurgimento de doenças já controladas ou erradicadas.