Brasil dobraria produção de alimentos em reflorestamento, diz estudo
Estudo do Instituto Escolhas calcula benefícios se Brasil usasse modelo de reflorestamento em 8% da meta assumida no Acordo de Paris
atualizado
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O Brasil pode dobrar a produção de alimentos como milho verde, jabuticaba e palmito se implementar um modelo de agricultura agroflorestal em 8% dos 12 milhões de hectares de florestas até 2030, meta que o país assumiu no Acordo de Paris. Os dados constam de um estudo do Instituto Escolhas, que será publicado nesta terça-feira (5/9).
A pesquisa estimou os benefícios que o Brasil teria se implementasse a agricultura agroflorestal em 1 milhão de hectares. Essa área desmatada daria lugar ao plantio associado ao desenvolvimento sustentável.
Os seguintes alimentos teriam a produção nacional dobrada: milho verde, pinhão, buriti, cumaru, jabuticaba, mangaba, erva-mate e palmito. O pequi aumentaria em 71%, e o cupuaçu, em 40%. A alta também alcançaria itens comuns nas refeições dos brasileiros, como feijão (11%), mandioca (29%) e banana (12%).
Ao todo, a produção nesse novo modelo representaria 5,2 milhões de toneladas a mais de alimentos produzidos por ano no país, além de 483 milhões de toneladas de dióxido de carbono a menos na atmosfera.