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Brasil cai 10 posições em índice de percepção da corrupção em 2023

Índice divulgado pela Transparência Internacional mostra queda de dois pontos do Brasil, que ficou em 104º lugar no ranking

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1 de 1 foto colorida da esplanada dos ministérios em Brasília -- Metrópoles - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

O Brasil terminou 2023 piorando sua posição no Índice de Percepção da Corrupção (IPC), principal indicador sobre corrupção no mundo, medido pela Transparência Internacional. O relatório foi divulgado nesta terça-feira (30/1).

A entidade aponta que, em relação a 2022, o Brasil variou dois pontos para baixo, de 38 para 36, e perdeu dez posições no ranking do IPC: do 94º lugar para o 104º, entre 180 países avaliados. No índice, quanto mais perto de 100, menor é o nível de corrupção de um país.

Com esse desempenho, o Brasil ficou ao lado de países como Argélia, Sérvia e Ucrânia. O índice brasileiro ficou abaixo das médias global e das Américas, ambas de 43 pontos, e dos 48 pontos de média de países classificados como “democracias falhas”, de acordo com a Transparência Internacional Brasil.

Também foi superado pela média dos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de 66 pontos.

Os países melhor classificados no ranking do IPC em 2023 foram Dinamarca, com 90 pontos; Finlândia, com 87; Nova Zelândia, com 85; Noruega, com 84; e Cingapura, com 83 pontos.

As piores avaliações foram as de Somália, com 11 pontos; Venezuela, Síria e Sudão do Sul, cada um com 13 pontos; e o Iêmen, com 16.

O ranking elaborado pela Transparência Internacional agrega dados de 13 fontes, que medem as percepções de empresários e especialistas sobre o nível de corrupção no setor público de cada país avaliado. Em 2012, o Brasil atingiu 43 pontos e ficou em 69º lugar em uma lista com 176 países.

A avaliação da Transparência Internacional sobre o Brasil cita fatores que colaboraram para a imagem negativa do país, como a escolha de Cristiano Zanin, ex-advogado de Lula, para o STF; a definição do novo procurador-geral da República, Paulo Gonet, fora da lista tríplice elaborada pela categoria dos procuradores; decisões do Supremo que anularam provas do acordo de leniência da Odebrecht e a multa no acordo firmado pelo grupo J&F; e o empoderamento do Centrão.

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