Brasil adota tom mais ameno que EUA sobre Putin e guerra na Ucrânia
Documento assinado pelo ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, revela cautela do governo em relação à Rússia
atualizado
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A carta assinada por 21 representantes de defesa nacional de países do continente americano, nesta quinta-feira (28/7), expõe a cautela do Brasil em relação à Rússia na condenação à invasão da Ucrânia.
No documento, os signatários que vieram ao Brasil para a XV Conferência de Ministros da Defesa das Américas (XV CMDA) afirmaram que a invasão à Ucrânia não é o “meio legítimo” para “resolver a disputa” e afirmam esperar uma “solução pacífica tão pronto seja possível”.
Uma nota de rodapé, no entanto, mostra que Estados Unidos, Canadá, Colômbia, Equador, Guatemala, Haiti, Paraguai, República Dominicana, reiteraram de “maneira incisiva a reprovação à invasão ilegal, injustificada e não provocada” na Ucrânia.
Ou seja: o Brasil não concordou com essa posição mais radical. Sob Bolsonaro, o país tem adotado cautela em relação a Putin alegando, sobretudo, a relação comercial envolvendo fertilizantes.
Brasil e Argentina observaram, ainda, que a guerra da Ucrânia deve ser debatida no foro da Organização das Nações Unidas (ONU).