A escolha do general Walter Braga Netto para a vice de Jair Bolsonaro é considerada por políticos do Rio de Janeiro um resgate do bolsonarismo. Segundo essa avaliação no reduto eleitoral dos Bolsonaro, a intenção é repetir uma combinação que elegeu o presidente em 2018: aceno à segurança pública e discursos radicais.

Nas promessas de reduzir a criminalidade, Braga Netto costuma ser lembrado no estado. O general comandou por 11 meses a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro em 2017. Dava entrevistas de farda e buscou fortalecer a imagem do Exército durante a operação. Nesse período, o estado reduziu as mortes violentas em apenas 1%. O número de mortes de policiais e causadas por agentes estatais aumento, segundo dados do Instituto de Segurança Pública.

Quanto aos discursos radicalizados, um gesto à franja ideológica do bolsonarismo, Braga Netto também vem encontrando respaldo. Na semana passada, aniversário do golpe militar de 1964, o então ministro da Defesa celebrou a ditadura militar. A atitude contrariou um compromisso firmado pela União em um processo na Justiça Federal. O MPF pediu que o ministério retire o texto do ar com urgência.

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