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Braga Netto deveria ter encerrado carreira, diz presidente da OAB

General é “saudoso da linha dura” da ditadura, afirma Felipe Santa Cruz

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WhatsApp General Braga Netto é ouvido na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados. Fotos: Rafaela Felicciano/Metrópoles 2021-08-17 at 11.06.29 (1)
1 de 1 WhatsApp General Braga Netto é ouvido na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados. Fotos: Rafaela Felicciano/Metrópoles 2021-08-17 at 11.06.29 (1) - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), afirmou nesta terça-feira (17/8) que o general Walter Braga Netto, ministro da Defesa, deveria ter encerrado a carreira em 2018.

Santa Cruz disse ainda que o general é um “saudoso da linha dura“ da ditadura militar e mostra a necessidade de os militares não se intrometerem na política.

“A verdade é que a carreira pública do general Braga Neto deveria ter se encerrado na intervenção da área de segurança do Rio de Janeiro. Bem conduzida tecnicamente, ápice da sua trajetória. A passagem pelo governo Bolsonaro revelou um saudoso da linha dura da cruel ditadura militar que ele agora nega ter ocorrido. O general parece ser a encarnação da necessidade dos militares ficarem longe da política e quanto perdem as Forças Armadas quando abandonam sua atuação técnica”, afirmou o presidente da OAB. Depois que Braga Netto comandou a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro no governo Temer, foi ministro da Casa Civil e da Defesa de Jair Bolsonaro.

Na tarde desta terça-feira, Braga Netto disse a deputados que não houve uma ditadura militar no país. Chamou o período de “regime forte”.

“Não considero que tenha havido uma ditadura. Houve um regime forte, isso eu concordo, cometeram exceções dos dois lados, mas isso tem que ser analisado na época da história, de Guerra Fria e tudo mais, não pegar uma coisa do passado e trazer para os dias de hoje. Se houvesse ditadura, talvez muitas pessoas não estariam aqui. Execuções… Ditadura, como foi dito por um deputado aqui, outros países já foram mencionados e me permito o direito de não repetir”, declarou o general a uma comissão da Câmara.

Com duração de 1964 a 1985, a ditadura militar brasileira fechou o Congresso, cassou habeas corpus, censurou as artes e a imprensa, prendeu e torturou opositores.

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metropoles.comGuilherme Amado

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