Bolsonaro tirou 32% da verba destinada a escolas públicas inclusivas
Por ordem de Bolsonaro, Ministério da Educação ficou sem R$ 9,1 milhões para cuidar da infraestrutura de escolas inclusivas e para surdos
atualizado
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As ações do Ministério da Educação para cuidar da infraestrutura física de escolas inclusivas perderam 32% da verba autorizada para este ano. Por determinação de Jair Bolsonaro, o bloqueio atingiu R$ 9,1 milhões do total de R$ 28,2 milhões destinados para o setor.
A área em questão supervisiona a infraestrutura de escolas comuns inclusivas, escolas especiais e escolas bilíngues de surdos na educação básica. O tema é caro para a primeira-dama Michelle Bolsonaro, que fez da inclusão uma de suas principais bandeiras políticas, sobretudo no que diz respeito à integração de surdos na sociedade.
Escolas inclusivas são reconhecidas por garantir o acesso ao ensino de acordo com as necessidades de cada aluno e sem levar em conta etnia, sexo, idade, deficiência e condição social. Já escolas especiais se notabilizam pelo preparo em atender alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
O cálculo foi feito pela organização Todos Pela Educação. O bloqueio de R$ 3,6 bilhões do Ministério da Educação foi autorizado por Bolsonaro em decreto publicado no dia 30 de maio. A educação básica foi a principal área atingida na pasta, com perda de R$ 1 bilhão.
“Esses cortes em infraestrutura de escolas públicas, infelizmente, não chegam a surpreender, pois trata-se de um governo que tem colocado muito mais energia na defesa do homeschooling do que na defesa da escola pública”, afirmou Priscila Cruz, presidente-executiva do Todos Pela Educação.