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“Bolsonaro será preso, sistema de blindagem se dissolve”, diz Randolfe

Randolfe Rodrigues (Rede-AP), opositor de Bolsonaro, será líder do governo Lula no Congresso Nacional

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
O senador Randolfe Rodrigues durante sessão da CPI da Covid, sentado à mesa diretora. Ele usa máscara e fala diante de microfone, olhando pro lado - Metrópoles
1 de 1 O senador Randolfe Rodrigues durante sessão da CPI da Covid, sentado à mesa diretora. Ele usa máscara e fala diante de microfone, olhando pro lado - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O líder da oposição ao atual governo no Senado e futuro líder da gestão Lula, senador Randolfe Rodrigues, acredita que o presidente Jair Bolsonaro será preso e punido por eventuais crimes que cometeu durante o mandato. Na avaliação de Randolfe, quando os casos que envolvem o titular do Planalto saírem das mãos do procurador-geral da República, Augusto Aras, aliado do presidente, haverá espaço para uma persecução criminal adequada.

“Bolsonaro será preso. Ele fez por isso. Se analisarmos todos os mandatos dele, já haveria motivos de sobra para ser condenado por peculato, corrupção ativa e passiva. Quem inventou o instituto do que charmosamente se chama de rachadinha, que na verdade é peculato, foi o Bolsonaro em seu primeiro mandato. Mas nos seus quatro anos de governo há um estudo de caso do Código Penal. Há crime de pandemia, desinformação de informações falsas, o próprio crime de peculato, prevaricação nas vacinas, abuso de poder político e econômico nas eleições, atentado ao Estado democrático de direito, incitação contra a ordem democrática, que ocorreu diversas vezes. Não há outro destino para ele”, afirmou Randolfe, em entrevista ao ICL Notícias nesta sexta-feira (30/12).

O senador disse ter visto na conclusão da Polícia Federal nesta semana – de que Bolsonaro cometeu crime ao associar a vacina contra Covid à Aids – um indício de que o sistema judicial passará a agir contra o presidente.

“O sistema de blindagem a Bolsonaro começa a se dissolver. Até um mês ou dois meses seria pouco provável o relatório da PF dando conta de que a denúncia que fizemos no curso da CPI sobre a absurda associação de vacina com Aids chegaria a essa conclusão”, disse.

A partir de 1º de janeiro, Bolsonaro perde o foro privilegiado, o que Randolfe considera determinante para que o presidente seja punido.

“O caso específico do relatório da CPI da Covid está na Justiça Federal e no Ministério Público Federal em Brasília. Além dessas, a responsabilização sobre as eleições também acontecerá. Tenho expectativa de que ainda em 2023 vamos ter a conclusão dos julgamentos sobre a responsabilização dele sobre o que fez nas eleições. O abuso dos poderes político e econômico”, assinalou o senador.

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metropoles.comGuilherme Amado

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