Bolsonaro segue alvo da PGR por ataque sem prova contra as eleições
Apuração preliminar foi aberta pela PGR em agosto, após live em que Bolsonaro atacou o sistema eleitoral e espalhou mentiras sobre as urnas
atualizado
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A PGR ainda conduz uma apuração preliminar contra Jair Bolsonaro devido aos ataques feitos às urnas eletrônicas durante uma live transmitida em julho. Na transmissão, feita do Palácio da Alvorada, Bolsonaro atacou o sistema eleitoral sem provas.
A apuração preliminar foi informada ao STF em agosto. O procedimento sigiloso determinará se Bolsonaro cometeu algum crime e servirá para embasar um eventual pedido de abertura de inquérito contra o presidente.
Na sexta-feira (31/12), a coluna mostrou que outra apuração preliminar sobre a live foi arquivada. Neste caso, o MP Eleitoral analisava se Bolsonaro praticou campanha eleitoral antecipada, abuso de poder político e promoção pessoal ao ter usado TV Brasil, da estatal Empresa Brasil de Comunicação (EBC), para transmitir a live.
Augusto Aras abriu a apuração preliminar só após a ministra do STF Carmen Lúcia cobrar um posicionamento da PGR sobre um pedido de inquérito apresentado por parlamentares do PT. A ministra teve de solicitar por duas vezes uma manifestação da PGR. Carmen Lúcia ressaltou que os fatos eram “muito graves”.
A live em que Bolsonaro mentiu sobre as urnas rendeu pelo menos duas outras investigações: um inquérito administrativo no Tribunal Superior Eleitoral e o inquérito das fake news no Supremo.