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Bolsonaro reage a notícia de indiciamento: “PF criativa do Alexandre”

Jair Bolsonaro reagiu à notícia, publicada pela coluna, de que será indiciado no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado em 2022

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Bolsonaro na paulista 7 de setembro 2024-16
1 de 1 Bolsonaro na paulista 7 de setembro 2024-16 - Foto: Isabella Finholdt/Especial Metrópoles

Jair Bolsonaro reagiu à notícia, publicada pela coluna, de que será indiciado no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado em 2022, após a derrota para Lula. O ex-presidente afirmou que nunca tomou nenhuma providência para decretar Estado de sítio no país, conforme constava na minuta golpista encontrada com seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid e apresentada por ele aos comandantes militares.

“É mais uma da PF criativa do Alexandre [de Moraes]. Não existe decreto de Estado de sítio. O presidente que quiser decretar Estado de sítio deve enviar uma exposição de motivos pro Congresso, ouvir o Conselho da República e o Conselho da Defesa. Cadê a exposição de motivos? Não tem, porque nunca tomei nenhuma medida concreta sobre isso”, afirmou, no telefonema que fez para a coluna, às 6h50 deste sábado (19/10), para comentar a notícia publicada às 2h.

Bolsonaro disse que uma eventual condenação sua é para “reforçar a inelegibilidade”, já decretada por ele. “Querem se garantir com uma condenação”, disse.

A despeito dos arroubos que teve durante seu governo, o ex-presidente disse que nunca desrespeitou a Constituição, livro que, segundo ele, era sua “leitura de cabeceira e de banheiro”.

“Eu estudei toda a Constituição desde que assumi. A Constituição tem que ser a leitura de cabeceira ou ficar no banheiro. Eu leio no banheiro. Era minha leitura de cabeceira e de banheiro. Sempre falei nas quatro linhas, nunca fiz nada fora”, afirmou.

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Bolsonaro criticou a notícia, afirmando que o indiciamento será feito pela “PF criativa do Alexandre”
Ex-ministro do GSI, general Augusto Heleno também foi indiciado pela PF
Braga Neto, que ocupou dois ministérios no Governo Bolsonaro, também estará na lista de indiciados
Anderson Torres foi ministro da Justiça de Bolsonaro e será indiciado pela PF
O ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira também está na lista
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Bolsonaro criticou a notícia, afirmando que o indiciamento será feito pela “PF criativa do Alexandre”

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Ex-ministro do GSI, general Augusto Heleno também foi indiciado pela PF

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Braga Neto, que ocupou dois ministérios no Governo Bolsonaro, também estará na lista de indiciados

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Anderson Torres foi ministro da Justiça de Bolsonaro e será indiciado pela PF

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O ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira também está na lista

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O almirante Almir Garnier Santos foi citado por Mauro Cid como defensor de golpe de Estado

Divulgação/ Defesa Aérea e Naval

Bolsonaro disse que não há nada de concreto contra ele: “Os caras estão fazendo uma tempestade dentro de uma garrafa plástica”.

Conforme mostrou a coluna, a Polícia Federal vai indiciar, em meados de novembro, o ex-presidente; os ex-ministros e generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto; o ex-comandante da Marinha e almirante Almir Garnier Santos; o ex-ministro Anderson Torres; e o ex-ministro Paulo Sérgio Nogueira, entre outros. Os seis serão indiciados no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado, após a derrota para Lula, em 2022.

A Polícia Federal considera ter elementos que mostram a participação dos seis na trama golpista colocada em prática ao longo de 2022, e, em especial, após o resultado do segundo turno da eleição daquele ano.

Mensagens encontradas recentemente pela PF ligam Bolsonaro à minuta golpista que implementava instrumentos jurídicos que permitiram contestar o resultado das eleições, à margem da Constituição. No texto, encontrado posteriormente com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid, constava o decreto de Estado de Sítio e de uma Operação de Garantia da Lei e da Ordem.

A situação de Bolsonaro também foi agravada pela confirmação dos ex-comandantes do Exército, general Marco Antonio Freire Gomes, e da Força Aérea Brasileira (FAB), tenente-brigadeiro do ar Carlos Baptista Júnior, de que Bolsonaro os pressionou a aderir a um golpe de Estado para se manter no poder.

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