Bolsonaro não indicou representante em Fórum de Afrodescendentes da ONU
Fórum tem intuito de melhorar a vida da população negra
atualizado
Compartilhar notícia
O Brasil não tem um representante no Fórum Permanente de Afrodescendentes da ONU, criado com o intuito de melhorar a vida da população negra. O fórum foi criado em 2021 após uma deliberação da Assembleia Geral.
O grupo tem dez integrantes, dois por continente. O Brasil, que é, segundo o IBGE, o segundo maior em população afrodescendente, não apresentou um candidato para o fórum até hoje. A indicação deveria ter sido feita pelo governo Bolsonaro desde o ano passado.
Os membros atuam junto com o Conselho de Direitos Humanos da ONU e tem, dentre suas funções, promover a total inclusão política, econômica e social dos afrodescendentes nas sociedades em que vivem e contribuir para a elaboração de uma declaração da ONU sobre os direitos dos afrodescendentes.
No último mês, a deputada estadual do PSol do Rio de Janeiro Renata Souza levou uma série de questões enfrentadas pela população negra do Brasil para um dos integrantes do fórum, o advogado americano Justin Hansford.
Howard, que é professor de direito na Universidade Howard, a primeira faculdade para negros dos Estados Unidos, lamentou, segundo a deputada, a ausência do Brasil no fórum. Contudo, prometeu a Souza relatar as questões apresentadas por ela.