1 de 1 Jair Bolsonaro e comandantes militares
- Foto: Michael Melo/Metrópoles
Jair Bolsonaro deve anunciar nos próximos dias o general Marco Antônio Freire Gomes como o novo comandante do Exército, substituindo o general Paulo Sérgio Nogueira, que deve se tornar ministro da Defesa, no lugar de Walter Braga Netto. O ministro deixará o cargo para ficar à disposição de Bolsonaro para se tornar vice na candidatura à reeleição do presidente.
Freire Gomes era o nome preferido há um ano para liderar o Exército, quando Bolsonaro demitiu Edson Pujol e os demais chefes das Forças Armadas, mas o general não pôde ser escolhido por não estar, à época, nem entre os três mais antigos, o que romperia uma tradição militar.
Agora, o presidente enxerga em Freire Gomes aquele que será menos resistente a suas ordens e menos empenhado em mostrar contrastes entre ele e o Exército.
Pujol fez isso diversas vezes, como a famosa ocasião em que não cumprimentou Bolsonaro e preferiu estender-lhe o cotovelo, respeitando as recomendações sanitárias contra a Covid. Paulo Sérgio também teve indisposições com o presidente, ao determinar a vacinação da tropa e recomendar que não fossem compartilhadas fake news.
Segundo Bolsonaro tem dito, Freire Gomes é, de fato, um bolsonarista. A ver se o general é mais leal à Constituição ou ao presidente que o nomeou.
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A relação de Hamilton Mourão e Bolsonaro sempre foi conturbada. O general, na verdade, não foi a primeira, segunda ou terceira opção do mandatário para vice-presidente. Ele foi, na verdade, o quinto nome “escolhido” após pressão política
Igo Estrela/Metrópoles
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Pressão essa que, por sinal, explica o motivo pelo qual o "casamento" dos dois nunca andou bem. Prova disso é o fato de o presidente não cogitar continuar com o atual vice para a próxima corrida eleitoral
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Por ter posicionamentos muitas vezes divergentes dos de Bolsonaro, Mourão já foi chamado pelo presidente como "cunhado que ele tem que aturar”
Igo Estrela/Metrópoles
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Indo para o quarto ano do mandato presidencial, a distância entre o presidente e o vice está cada vez maior. Bolsonaro, inclusive, chegou a dizer que Mourão “atrapalha um pouco” o governo e que “vice bom é aquele que não aparece”
Isac Nóbrega/PR
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Jair Bolsonaro e seu vice, Hamilton Mourão
Hugo Barreto/Metrópoles
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Entre diversas provocações feitas a Mourão, Carlos Bolsonaro, filho número 2 do presidente, chegou a insinuar em um twitter postado em 2020 que o vice-presidente conspira para derrubar o pai dele
Caio César/Câmara Municipal do Rio de Janeiro
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No fim de 2020, Bolsonaro alfinetou Mourão afirmando que demitiria quem propusesse expropriação de terras como pena por crimes ambientais. O interessante é que a proposta era do Conselho da Amazônia, presidido pelo vice-presidente
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Apesar das investidas negativas, Hamilton diz que “sente falta” de dialogar e de se reunir com o mandatário do país
Igo Estrela/Metrópoles
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“Não há conversas seguidas entre nós. As conversas são bem esporádicas. Faz falta até para eu entender o que eu preciso fazer”, disse o vice-presidente
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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De acordo com especialistas, Mourão poderia ajudar Bolsonaro a manter o convívio com os poderes, mas o presidente insiste em deixar o vice distante
Alan Santos/PR
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