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Bolsonaro escolheu petista como reitora em Goiás por retaliação

O presidente Jair Bolsonaro preferiu nomear a terceira colocada da lista de indicador para reitoria da UF para retaliar Andifes

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Na imagem colorida. Um homem está posicionado no centro. Ele usa terno e gravata, tem cabelos curtos e grisalhos e segura microfone com as mãos. Ele está discursando
1 de 1 Na imagem colorida. Um homem está posicionado no centro. Ele usa terno e gravata, tem cabelos curtos e grisalhos e segura microfone com as mãos. Ele está discursando - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro preferiu nomear a terceira colocada da lista de indicador para reitoria da Universidade Federal de Goiás (UFG), uma petista, para retaliar a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) , que tem tido embates com o governo devido ao retorno a aulas presenciais em universidades.

A primeira colocada na lista tríplice eleita pela universidade, Sandramara Matias Chaves, é a vice do atual reitor Edward Madureira, que presidiu a Andifes.

Bolsonaro optou pela professora Angelita Pereira de Lima, que foi filiada ao PT pelo menos até o fim de 2018.

Edward Madureira presidiu a Andifes entre julho de 2020 e durante o mandato à frente da Andifes, entrou em confronto com o Ministério da Educação devido à pandemia de Covid-19 e à tentativa do órgão de acelerar o retorno das aulas presenciais, o que desagradou a pasta.

“A universidade recebe essa notícia com muito desapontamento. Ela desrespeita a decisão da comunidade, a Sandramara tem toda uma história e preparo para isso”, lamentou Madureira.

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Ele ressaltou, entretanto, que “não há ilegalidade na escolha”, já que o nome de Angelita também constava na lista e aponta que “a professora comunga dos mesmos princípios de autonomia universitária” que a sua chapa.

Bolsonaro tem sistematicamente escolhido nomes menos votados nas listas tríplices para reitores. O presidente fez isso em pelo menos 19 ocasiões, levantamento que já inclui a UFG.

Essa é uma das formas encontradas pelo governo de desestruturar as universidades, uma das obsessões de Bolsonaro e seus apoiadores desde que foi eleito. Para os bolsonaristas, as universidades são um local de doutrinação esquerdista.

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