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Bolsonaro e as denúncias contra Silvio Almeida e Pedro Guimarães

Bolsonaro adotou posturas diferentes nos episódios, em seu governo e no governo Lula

atualizado

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Pedro Duarte Guimarães presidente da caixa economica aponta para o presidente Jair Bolsonaro
1 de 1 Pedro Duarte Guimarães presidente da caixa economica aponta para o presidente Jair Bolsonaro - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Jair Bolsonaro chamou de “vergonha” os supostos episódios de assédio sexual de Silvio Almeida, ex-ministro de Lula, mas adotou outra postura durante seu governo, quando Pedro Guimarães, então presidente da Caixa, foi acusado por funcionárias de assédio sexual e moral.

Sobre Almeida, disse Bolsonaro:

“Temos até um [ex-]ministro que deveria dar exemplo e acaba sendo acusado de assédio sexual, uma vergonha. Mas nós temos como mudar isso”.

A fala foi feita durante um comício em Juiz de Fora (MG), cidade onde há seis anos Bolsonaro foi esfaqueado.

Em 2022, o então presidente afirmou, quando questionado sobre as acusações contra Guimarães, reveladas pelo Metrópoles:

“Não vi nenhum depoimento mais contundente de qualquer mulher… Vi depoimentos de mulheres que sugeriram que isso [assédio] poderia ter acontecido. Está sendo investigado”.

Ex-colegas de Pedro Guimarães relataram toques íntimos sem permissão e conversas inapropriadas.

Como revelou a coluna na quinta-feira (5/9), Silvio Almeida foi denunciado ao Me Too Brasil por supostos episódios de assédio sexual contra mulheres. O Me Too Brasil, que acolhe vítimas de violência sexual, confirmou à coluna ter sido procurado por mulheres que relataram supostos episódios de assédio sexual praticados pelo então ministro. A coluna contatou a organização após receber denúncias de suposta prática de assédio sexual por Silvio Almeida contra a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, além de outras mulheres.

Anielle não quis comentar os relatos sobre o suposto assédio contra ela. Procurado, Almeida não respondeu à coluna. Depois da publicação da reportagem, o então ministro negou qualquer irregularidade.

A coluna apurou com 14 pessoas, entre ministros, assessores do governo e amigos de Anielle Franco, como teriam ocorrido os supostos episódios de assédio a Anielle, que incluiriam toque nas pernas da ministra, beijos inapropriados ao cumprimentá-la, além de o próprio Silvio Almeida, supostamente, ter dito a Anielle expressões chulas, com conteúdo sexual. Todos os episódios teriam ocorrido no ano passado.

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metropoles.comGuilherme Amado

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