Bolsonaro decidiu não atacar vacinas para recuperar intenções de voto
Reuniões com conselheiros políticos fizeram Bolsonaro cessar críticas à vacinação contra a Covid-19 e focar no eleitorado jovem e feminino
atualizado
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Jair Bolsonaro cessou as críticas à vacinação contra a Covid-19 após receber pesquisas que mostram um otimismo da população com o fim da pandemia e o papel que as vacinas tiveram para a retomada da normalidade.
Aliados de Bolsonaro contam que o presidente dizia ter comprado as vacinas e que ele custava a entender que ataques aos imunizantes seriam prejudiciais à campanha. Os conselheiros de Bolsonaro tiveram de explicar detalhadamente que o presidente estava se opondo ao único mecanismo capaz de permitir a volta de atividades profissionais e de lazer em sua plenitude.
Ao fim, Bolsonaro resolveu ceder e seguiu a recomendação dos aliados. Ainda há a esperança no Palácio do Planalto de que ele aceitará se vacinar em público com a Aztrazeneca de produção totalmente nacional.
O cenário foi passado a Bolsonaro em reuniões feitas para alinhar quais pontos serão explorados na campanha para reeleição. O entorno de Bolsonaro diz ter mapeado críticas que a oposição de esquerda vinha fazendo ao presidente para contratar as pesquisas que levaram às primeiras estratégias.
A retomada no pós-pandemia, por exemplo, será usada por Bolsonaro para reconquistar apoio entre o eleitorado jovem. Já a proeminência da primeira-dama Michelle Bolsonaro em eventos públicos faz parte dos esforços para diminuir a resistência do presidente entre o eleitorado feminino. Bolsonaro fez outro aceno às mulheres ao se comprometer a receber empresárias a cada dois meses no Planalto.