Bolsonaro critica interrupção, mas Yamaguchi foi uma das que mais falou na CPI
Enquanto governistas falam mais a palavra “tratamento”, a oposição fala “vacina”.
atualizado
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Senadores governistas e o próprio presidente da República criticaram as interrupções feitas a Nise Yamaguchi durante seu depoimento nesta terça-feira na CPI da Pandemia. Contudo, segundo levantamento da consultoria de análise de dados Lagom Data, dentre os depoentes que foram apenas uma vez, Nise Yamaguchi foi a segunda que mais falou, ficando atrás apenas do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Bolsonaro disse que a condução do depoimento foi uma covardia e que a médica havia sido humilhada. O senador Marcos Rogério, que discursou a favor de Yamaguchi durante a sessão, também argumentou que a postura da oposição foi “constrangedora, desagradável e intimidadora”.
O levantamento também mostrou que este mesmo senador, o Marcos Rogério, falou mais na CPI da Pandemia do que o próprio vice-presidente da Comissão. O político do DEM de Roraima só falou menos que Omar Aziz, Renan Calheiros e Eduardo Pazuello, que depôs em dois dias.
Marcos Rogério adotou, desde o início da CPI, uma postura combativa e de defesa ao governo federal. Na última quinta-feira (27/05), o senador discutiu com o presidente da CPI, Omar Aziz, durante o depoimento de Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.