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Bolsonaro cometeu crime de “peculato digital”, diz PF

Relatório da Polícia Federal aponta que Bolsonaro participou de associação criminosa para alterar dados no sistema do Ministério da Saúde

atualizado

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mauro Cid e Bolsonaro durante posse presidencial 2019 no Senado Federal
1 de 1 mauro Cid e Bolsonaro durante posse presidencial 2019 no Senado Federal - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O relatório da Polícia Federal (PF) que levou à operação desta quarta-feira, com o ex-presidente Jair Bolsonaro como alvo, aponta que, em conjunto com outras pessoas, ele teria cometido um crime conhecido como “peculato digital”.

O crime é definido no Código Penal, no artigo 313-A, como inserir dados falsos ou alterar ou excluir indevidamente dados corretos “nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano”, com a ajuda de funcionário autorizado.

A pena é de dois a doze anos de reclusão e multa. Ou seja, no caso de uma condenação mais branda, pode não levar à prisão.

O relatório da PF diz que trocas de mensagens mostram que o secretário de Duque de Caxias João Carlos Brecha, a servidora da prefeitura Claudia Helena da Silva, o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus ex-assessores Mauro Cesar Cid e Marcelo Costa Câmara “se uniram, em unidade de desígnios, e, de forma exitosa, inseriram dados falsos de vacinação contra a Covid-19″ no sistema.

Segundo a PF, o grupo incidiu na prática do crime de peculato digital em benefício de Bolsonaro e de sua filha, Laura Firmo Bolsonaro, que também teve dados adulterados.

O relatório cita ainda que Mauro Cid pode ter cometido crime de falsidade ideológica e “não descarta” que Bolsonaro e Michelle Bolsonaro teriam cometido corrupção de menores ao terem utilizado um certificado falso de vacina no nome de Laura.

Qualquer acusação formal por esses crimes depende do Judiciário.

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