Bolsonaro aumenta em 142% viagens para Nordeste e 200% ao Norte
Em busca de mais popularidade no Nordeste, ele passou a visitar mais a região a partir deste ano em detrimento do Sudeste
atualizado
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Jair Bolsonaro mudou o perfil das suas viagens presidenciais. Em busca de mais popularidade no Nordeste, ele passou a visitar mais a região a partir deste ano em detrimento do Sudeste. Outro destino com alta foi o Norte.
Até o fim de agosto de 2021, foram 77 deslocamentos nacionais. Desse total, 17 foram para o Nordeste. No mesmo período de 2020, foram só sete viagens para a região. Ou seja, uma alta de 142%.
O total de vezes que Bolsonaro foi ao Nordeste em oito meses de 2020 foi quase o equivalente a todas as vezes em que foi para lá em 2020 (18). Os dados foram levantados pela Fiquem Sabendo, agência especializada em pedidos de Lei de Acesso à Informação.
Já o Norte teve um aumento na quantidade de viagens de Bolsonaro de 200%. Foram quatro nos oito primeiros meses de 2020 e 12 no mesmo período deste ano. A quantidade de vezes que o presidente foi para a região está em crescimento mesmo antes de completar o ano. Foram oito viagens para lá em todo o ano de 2019 e seis em 2020.
Para o Sudeste por outro lado a queda é grande. Foram 24 viagens nos oito primeiros meses do ano ante 48 ao longo de todo o ano de 2020. Assim, faltando um terço do ano na base de dados, a quantidade de idas para a região tinha caído pela metade.
A estratégia não tem funcionado até o momento. É no Nordeste que a distância entre taxa de aprovação e desaprovação de Bolsonaro é a maior. O fosso é de 48 pontos percentuais, com 63% reprovando sua gestão e 15% aprovando, segundo pesquisa Datafolha de setembro deste ano.
Desde que assumiu a Presidência da República, Bolsonaro já viajou 262 vezes pelo Brasil. Os deslocamentos custaram R$ 49,8 milhões. A mais cara foi o reveillon que o presidente passou no Guarujá, entre 2020 e 2021. Foram R$ 1,2 milhão para um período de 13 dias
As viagens internacionais por sua vez responderam por R$ 3,9 milhões em gastos. A mais dispendiosa foi quando Bolsonaro visitou o sudeste asiático em 2019. Ela custou R$ 1,1 milhão.