1 de 1 Twitter Alexandre de moraes passa proximo ao rodrigo pacheco durante sessão Solene destinada à entrega da medalha Grã-Cruz da Ordem
- Foto: Igo Estrela/Metrópoles
O acampamento de parlamentares bolsonaristas contra Alexandre de Moraes começou a ganhar forma. A ideia do grupo é se alojar dentro do plenário do Senado a partir da semana que vem.
O movimento idealizado por deputados e senadores próximos a Bolsonaro, de diferentes partidos, busca pressionar tanto o presidente do Tribunal Superior Eleitoral quanto Rodrigo Pacheco. Ao todo, são cinco reivindicações.
A primeira é a devolução de redes sociais de pessoas físicas e jurídicas, sobretudo as que foram bloqueadas após a eleição, como as de Carla Zambelli e Nikolas Ferreira.
O segundo ponto é a anulação de multas aplicadas por Moraes a pessoas físicas e jurídicas, incluindo a de R$ 22 milhões imposta ao PL após o partido de Bolsonaro contestar o resultado das urnas.
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Desde eleito, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem travado grandes embates com a Justiça Eleitoral. Ele é, juntamente com aliados, uma das principais vozes no questionamento do processo brasileiro
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A troca de farpas preocupa. Em tentativa de minimizar os conflitos, o ministro Luiz Fux, inclusive, tentou realizar reunião entre os três Poderes. Contudo, logo voltou atrás e cancelou o encontro declarando que o presidente da República insiste em atacar integrantes do STF e colocar sob suspeição o processo eleitoral brasileiro
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A declaração de Fux foi feita após Bolsonaro voltar a ameaçar a realização das eleições de 2022
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“É uma resposta de um imbecil. Lamento falar isso para uma autoridade do STF. O que está em jogo é o nosso futuro e a nossa vida, não pode um homem querer decidir o futuro do Brasil na fraude”, disse o presidente
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“Não tenho medo de eleições. Entrego a faixa para quem ganhar no voto auditável e confiável. Dessa forma, corremos o risco de não termos eleições no ano que vem”, declarou
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Durante as lives semanais, o assunto é recorrente. Bolsonaro prometeu que apresentaria, em uma delas, prova de fraudes eleitorais que supostamente ocorreram em 2014. No entanto, acabou alegando que “não tem como comprovar que as eleições foram fraudadas” e, mesmo assim, prosseguiu atacando o sistema eleitoral
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Em resposta, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, por unanimidade, portaria da Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral para a instauração de um inquérito administrativo contra Bolsonaro. Além disso, pediram ainda que o incluíssem em outro inquérito, o das fake news
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Bolsonaro, por sua vez, criticou o inquérito e ameaçou o STF. “O meu jogo é dentro das quatro linhas, mas se sair das quatro linhas, sou obrigado a sair das quatro linhas. O Moraes, ele investiga, ele pune e ele prende. Se eu perder as eleições vou recorrer ao próprio TSE? Não tem cabimento”, afirmou em entrevista ao canal da Jovem Pan
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Após a declaração de Bolsonaro, Alexandre de Moraes postou no twitter que “ameaças vazias e agressões covardes não afastarão o STF de exercer sua missão constitucional de defesa e manutenção da democracia e do Estado de direito”
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Jair Bolsonaro reclamou da retirada de veículos blindados
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Como consequência da ação, o TSE enviou ao STF uma notícia-crime contra o presidente
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Recentemente, o conflito entre Jair e o TSE ganhou novos capítulos. Isso porque Bolsonaro passou a estimular um clima de disputa entre o TSE e as Forças Armadas
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Durante lives semanais, o chefe do Executivo federal acusou o TSE de “carimbar como confidenciais” sugestões dos militares para aprimorar a segurança das urnas eletrônicas e voltou a colocar em dúvida a segurança do sistema de contagem dos votos
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O terceiro pleito é o encerramento de inquéritos, no STF, sobre fake news e atos antidemocráticos.
A quarta reivindicação é que Pacheco aceite um dos pedidos de impeachment já apresentados contra Moraes.
E a quinta, já prevendo a recusa de Pacheco em pautar o pedido afastamento para votação, é que o presidente do Senado ao menos convoque Moraes para ser interpelado pelo parlamento.
Pacheco reconheceu a vitória de Lula no domingo da eleição e já se reuniu com o presidente eleito para tratar da transição de governo. No ano passado, o parlamentar recusou o pedido de Bolsonaro para votar o impeachment de Moraes.